Os ministros da Opep concordaram em não alterar as metas de produção que já estão excedendo, na expectativa de que a demanda vai aumentar mais tarde no ano e enxugar os barris extras que os produtores possam fornecer.
Mas com a recuperação econômica ainda frágil à medida que a China avalia cortes de crédito, a Opep fez uma tentativa de pressionar seus membros na quarta-feira sobre a adesão ao nível de produção determinado em dezembro de 2008 para manter a oferta em 24,84 milhões de barris por dia (bpd).
"Nós tentamos pressionar, mas não tanto", em relação à adesão às metas, disse o secretário-geral da Opep, Abdullah al-Badri. "Achamos que a situação com a economia mundial e o preço do petróleo garantem uma situação confortável para todos".
Badri disse que os produtores vão se reunir de novo em 14 de outubro em Viena, adiando o encontro que normalmente acontece em setembro.
"Boa demanda, oferta confiável, belos preços -- estamos muito felizes", disse o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi.
Os futuros do petróleo eram negociados acima de 82 dólares por barril -- dentro da faixa que os maiores exportadores da Opep consideram como atraente tanto para consumidores quanto para produtores, apesar do excesso de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Uma recuperação na economia global no ano passado e a alta dos preços encorajaram os membros da Opep a produzir mais petróleo e em fevereiro eles cumpriram apenas 53 por cento dos cortes prometidos de 4,2 milhões de bpd.
"Tudo é relativo --- se não houvesse demanda não haveria produção", disse Naimi.
A Arábia Saudita, maior produtor da Opep, está produzindo cerca de 8,1 milhões de bpd -- mais de duas vezes a produção de seu competidor mais próximo no grupo, o Irã, mas muito mais perto de sua meta do que muitos outros.
O país tem bastante capacidade ociosa, o que o torna o membro mais flexível do grupo para atender a mudanças no consumo.
A Opep como um todo tem mais de 6 milhões de bpd de capacidade ociosa para satisfazer a alta da demanda se necessário, afirmou Badri.
Naimi disse esperar que a demanda mundial por petróleo no segundo semestre do ano cresça "cerca de um milhão de barris" por dia, acrescentando achar que o crescimento virá principalmente da Ásia.
A Opep também vai se reunir em Quito na segunda ou terceira semana de dezembro.
Para um gráfico mostrando a relação entre os cortes de produção da Opep e o preço do petróleo, clique em: here.
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