A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu manter os níveis de produção atuais, com alguns membros expressando preocupação de que uma nova redução iria colocar em risco uma economia global já bastante enfraquecida. O grupo, no entanto, reforçou entre os seus membros que os cortes na oferta anunciados no fim do ano passado, de 4,2 milhões de barris por dia, devem ser completamente implementados. Os ministros de petróleo disseram que a meta é que os membros reduzam os demais 800 mil barris/dia que faltam para cumprir com os níveis acordados em dezembro.
Principal produtor da Opep, a Arábia Saudita, resistiu a um novo corte na produção, expressando preocupação com a economia, segundo um delegado. Alguns outros membros da Opep, sob crescente pressão financeira, também não estavam com muito apetite por cortes profundos em suas cotas de produção, o que reduziria as receitas. Isso foi uma consideração que alguns representantes de países, como Angola, expressaram antes do encontro de ontem.
Na sexta-feira, a Opep estimava que seus 11 membros produziram 25,72 milhões de barris/dia em fevereiro, volume que está acima do teto acordado em dezembro, que seria de 24,845 milhões de barris/dia. Na sexta-feira, a Opep reduziu sua própria previsão de demanda global para 2009. O grupo disse que a demanda mundial de petróleo será de 84,61 milhões de barris/dia, 1 milhão de barris/dia menor do que a de 2008.