A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) alertou que a desaceleração econômica global levará a um maior enfraquecimento do crescimento da demanda por petróleo e enfatizou o potencial de um forte aumento nos estoques da matéria-prima (commodity). O grupo também reiterou que a demanda por petróleo da Opep, que atende cerca de 40% do consumo diário mundial, deve diminuir cerca de 700 mil barris por dia no próximo ano em relação a este, para o seu menor nível desde 2002.
"Com a produção da Opep bem acima da demanda esperada por petróleo, há o potencial de um forte aumento nos estoques da matéria-prima", disse a Opep, em seu relatório mensal.
Segundo a Opep, a atual estrutura do mercado futuro de petróleo, onde os contratos mais curtos estão mais baratos do que os mais longos, indica que a oferta atual é mais do que suficiente para suprir a demanda e encorajaria mais o acúmulo de estoques.
A demanda nos Estados Unidos foi fortemente afetada pela desaceleração da economia e pelos preços elevados do petróleo, com o combustível para transporte e indústria registrando o maior declínio em demanda. Até mesmo o forte crescimento de demanda na China, Oriente Médio e Ásia fez pouco para compensar o forte declínio da demanda nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no segundo trimestre, mostrou o relatório. A OCDE reúne 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo. O Brasil não faz parte da organização.
Após a queda expressiva dos preços do petróleo em meados de julho e agosto, o relatório enfatizou que o enfraquecimento dos fundamentos do mercado começa a se refletir nos preços. "De fato a reação morna do mercado às recentes interrupções de oferta no Cáucaso indica a recente mudança de sentimento", disse o relatório.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast