A Polícia Civil do Paraná, em conjunto com a do Rio de Janeiro,Bahia e Espírito Santo, atua em uma megaoperação, nesta segunda-feira (11), para desarticular uma quadrilha que aplicava golpes em bancos causando prejuízos a empresários. No Paraná, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na cidade de Corbélia, a 24 quilômetros de Cascavel, no Oeste do Paraná.

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Havia para a mesma cidade um mandado de prisão que - inicialmente - não pôde ser cumprido porque o suspeito estava em Vitória, no Espírito Santo. O suspeito acabou preso naquele estado, segundo informações da Polícia Civil. Ele não tinha residência fixa na cidade paranaense, mas com frequência era visto em Corbélia, onde chegou a montar uma pequena empresa. A polícia não soube informar o ramo de atividade do negócio.

No total, as polícias dos quatro estados cumprem 15 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão.

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Conforme informações da Polícia Civil de Cascavel, agentes do Rio de Janeiro chegaram à cidade na última quinta-feira (7) para os preparativos da operação. Foram recolhidos diversos documentos e mídias eletrônicas com provas que fundamentam a ocorrência do esquema. A previsão inicial da polícia é de que tenham sido movimentados, nos últimos dois anos, pelo menos R$ 40 milhões pela quadrilha.

A ação, que está a cargo da 54ª Delegacia de Polícia, de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, envolve 200 policiais na operação. A quadrilha, segundo Felipe Curi, titular divisão, envolveria ex-candidatos a deputado federal e a vereador, um advogado, um contador, um despachante, um sargento do Exército, o assessor de gabinete da prefeitura de Belford Roxo, empresários e "lobistas" políticos com atuação na Baixada Fluminense. Ainda conforme Curi, o golpe causou em menos de dois anos um prejuízo de mais de R$ 37 milhões a bancos, pessoas físicas e jurídicas.

O golpe

O golpe consistia basicamente na tentativa de atrair pequenos empresários interessados em fechar negócios com o poder público. Eles convenciam os empresários a aumentar o capital de suas empresas através de empréstimos no sistema bancário. Como não conseguiam honrar os compromissos, os donos das pequenas empresas acabavam aceitando se associar a laranjas da quadrilha. Com o capital obtido graças aos empréstimos, o grupo criminoso formava uma espécie de pirâmide para atrair novas vítimas, conforme os policiais.

A investigação durou sete meses e os presos responderão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica.

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