Uma grande operação contra a pirataria fechou o Shopping 25 de Março, tradicional ponto de comércio popular no Centro de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (10). Os donos das lojas, funcionários e clientes foram obrigados a ficar do lado de fora. Não houve confronto.

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Mais de 70 policiais militares, oficiais de Justiça e representantes de nove empresas multinacionais interditaram o local para cumprir quatro mandados de busca e apreensão nas lojas que estivessem vendendo produtos falsificados. No shopping, funcionam mais de 500 estandes de lojistas - metade deles comercializa produtos eletrônicos.

Apesar disso, até o meio-dia, a maioria das apreeensões era de tênis, camisas, bolsas e bonés. a reportagem do site G1 teve acesso aos cinco andares do shopping, onde chaveiros arrombavam as portas para que os oficiais de Justiça recolhessem as mercadorias. Os corredores estavam abarrotados de sacolas lacradas. A ação teve início por volta de 7h e se estenderia ao longo do dia.

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De acordo com o advogado Nilton Vieira, as empresas Nike, Adidas, Puma, Reebook, Louis Vuitton, Chanel, Dior, Levis e Everlast conseguiram na Justiça a autorização para que as lojas do shopping fossem vistoriadas. Existia a suspeita de que lá fossem vendidos produtos pirateados dessas grifes, como óculos, roupas, tênis, bonés e relógios. Vieira estimou que seriam necessários sete caminhões para transportar os produtos recolhidos.

De acordo com o advogado, "o crime de falsificação de marca está previsto na lei de propriedade industrial, e, por isso, as multinacionais decidiram entrar com pedido de busca e apreensão no shopping." A pena para quem for autuado nesse tipo de crime pode chegar a três anos de prisão.

Por volta de 10h, mais de 50 lojas haviam sido averiguadas. Os produtos falsificados encontrados foram levados para os caminhões e seguiriam para as empresas que tiveram as marcas pirateadas. Geralmente, o material é destruído. A quantidade do que foi apreendido não foi divulgada.

O capitão da PM, Amarildo Garcia, informou que a presença dos policiais era para garantir cumprimento dos mandados de apreensão. "Os donos e funcionários ficaram em frente. Não houve tumulto, nem confusão."

O G1 procurou os lojistas e o advogado que representa o shopping para comentar o assunto, mas eles se recusaram a falar.

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