Os sindicatos que representam os trabalhadores que atuam no setor de transporte aéreo anunciaram para hoje uma "operação de não colaboração" como forma de pressionar as companhias por reajuste e por melhores condições de trabalho. Aeronautas (comissários e pilotos) e aeroviários (profissionais que atuam em solo) decidiram seguir estritamente as regras de seus manuais, sem acelerar procedimentos.
A perspectiva é de que, com a operação, haja atrasos nos voos. Embora o atraso de cada voo deva ser de alguns minutos, os sindicatos estimam que, ao fim de um dia, uma aeronave poderá acumular até duas horas de atraso. O tempo dos aviões em solo durante conexões, em média de 20 minutos, pode dobrar.
A decisão foi tomada depois que uma reunião com o sindicato patronal para negociar reajustes terminou sem avanços. A operação deve durar até 8 de dezembro, para quando está prevista uma nova rodada de negociações.
Entre os itens previstos na operação está a recusa dos aeroviários de fazer hora extra e dobrar escala. Outro ponto prevê que os trabalhadores não deixem de usar o tempo para lanche ou almoço. A operação prevê também que os profissionais de check-in não aceitem mudanças de escala em cima da hora. Os sindicatos esperam que a operação tenha a adesão de 60% a 70% dos trabalhadores.
TAM
A forte procura por passagens de última hora levou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a suspender ontem a proibição de vender bilhetes imposta à TAM na segunda-feira. Sem a concorrência da maior empresa nacional, voos das empresas Gol, Webjet e Avianca acabaram ficando lotados em alguns destinos. A normalização das operações da TAM que vinha cancelando voos acima da média do setor no início da semana também pesou na decisão da Anac.