Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
tecnologia

Operadoras reforçam apostas para puxar consumo de dados

Aumento da receita com tráfego de dados mostra que consumidor está disposto a não abrir mão de navegar na internet pelo celular. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Aumento da receita com tráfego de dados mostra que consumidor está disposto a não abrir mão de navegar na internet pelo celular. (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Depois de passarem a bloquear a internet móvel nos celulares após o fim da franquia, as operadoras de telefonia investem agora em novas parcerias e promoções para tentar alavancar o consumo de dados dos usuários. A estratégia, somada ao fim da velocidade reduzida, já começa a surtir efeitos nos caixas das empresas que apostam na febre dos usuários pelas redes sociais e aplicativos de mensagens para driblar as perdas com a receita de voz e SMS.

Semana passada, a TIM anunciou um aumento de 46% na receita de dados no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, com crescimento de 27% dos usuários internet móvel, chegando a 34 milhões. A Oi, por sua vez, registrou em seu balanço um crescimento de 56% na receita com consumo de dados pelos celulares, também no primeiro trimestre. A Claro não fez menção ao recorte em seu balanço, enquanto a Vivo ainda não divulgou os números do período.

As empresas não revelam o porcentual de usuários que têm recontratado os planos para continuar navegando após o fim das franquias diárias mas, entre os executivos das operadoras, o discurso é de que o consumidor “abraçou” a nova realidade e tem optado por pagar mais e ter uma melhor experiência de uso. “Os consumidores entendem que está valendo a pena e estão dispostos a investir. Houve (após o fim da velocidade reduzida) um ganho de percepção do serviço muito grande”, afirma o diretor comercial da TIM Sul, Carlos Eduardo Spezin Lopes.

Hoje, a TIM oferece acesso ao WhatsApp ilimitado a todos os planos, estratégia que já foi adotada recentemente pela concorrência –ano passado, a Claro ofereceu acesso gratuito (sem desconto da franquia de dados) ao Facebook e Twitter. As parcerias são por tempo limitado –a promoção da TIM deve seguir até o início do segundo semestre –, mas servem como ponto de partida para tentar angariar usuários e fomentar o uso de outros aplicativos. Estudo da Ericsson mostra que, no Brasil, mais da metade do tráfego de dados móveis circula em apenas cinco apps: Facebook, YouTube, Chrome, WhatsApp e Instagram.

Quarta geração

Outra ação, adotada pela Claro e Oi, é aumentar temporariamente a franquia de dados sem cobrar mais do usuário. Paralelo a isso, as operadoras, de maneira geral, têm liberado o acesso ao 4G sem cobrança adicional para clientes que já têm aparelhos e chips habilitados para a nova tecnologia. “O nosso foco de fato é melhorar a experiência de uso do consumidor ao navegar na internet, e o 4G oferece essa possibilidade”, diz o diretor de Produtos de Mobilidade da Oi, Roberto Guenzburger.

A ânsia pelo consumo de dados também tem fomentado parcerias com fabricantes de celulares. Dados compilados pela consultoria Teleco mostram que, ano passado, as operadoras, juntas, faturaram quase R$ 7 milhões só com a venda de smartphones – em 2010, a receita foi de R$ 3,3 milhões. “As operadoras tinham tirado o pé desse mercado (a venda de aparelhos) mas voltaram a atuar nele justamente para incentivar o uso da internet móvel. Afinal, se o usuário optar por um celular tradicional em vez de um smartphone, não vai conseguir consumir dados”, destaca o presidente da Teleco, Eduardo Tude.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.