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Operários de Santo Antônio mantêm canteiro paralisado

Operários até foram ao canteiro de obras, mas decidiram não voltar ao trabalho | Andre Dusek/AE
Operários até foram ao canteiro de obras, mas decidiram não voltar ao trabalho (Foto: Andre Dusek/AE)

O consórcio construtor da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, tentou ontem, sem sucesso, retomar as atividades nos canteiros de obras. Os trabalhos haviam sido paralisados no fim da semana passada por decisão das empresas para evitar o quebra-quebra ocorrido nos alojamentos da construção de Jirau, outra usina que integrará o complexo hidrelétrico de Rondônia.

Mais de 3 mil operários já estavam dentro do pátio de Santo Antônio quando, por volta de 8 horas, um grupo informou aos encarregados que não retomaria o trabalho. No momento da manifestação, estavam no canteiro integrantes do Sindicato de Trabalha­dores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), que acompanhavam a retomada das obras. Os manifestantes apresentaram aos sindicalistas e aos encarregados uma lista de reivindicações.

Eles pedem reajuste de 15%, um novo plano de saúde, aumento da hora extra, melhoria no transporte e um tempo maior com a família. Os operários querem passar de cinco para dez dias o período de folga a cada três meses. Atualmente, eles visitam os parentes de quatro em quatro meses.

Cerca de 14 mil homens trabalham nas obras de Santo Antônio, e 150 ônibus com operários já tinham passado pela guarita da entrada quando foi anunciada a decisão de manter o canteiro paralisado. "Eles dizem que o plano de saúde, por exemplo, não atende a demandas simples", relatou Raimundo Soares da Costa, o Toco, presidente do Sticcero. Em nota, o consórcio Santo Antônio afirmou que, em reunião, "as lideranças optaram por retornar aos trabalhos após a realização de uma assembleia". A assembleia, segundo a nota, está marcada para a manhã de hoje.

Força Nacional

Os cerca de 600 homens da Força Nacional de Segurança enviados há cinco dias para Rondônia serão mantidos na região por tempo indeterminado, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo Cardozo, a Polícia Federal investiga as motivações para os protestos promovidos pelos trabalhadores de Jirau. Os protestos tiveram início na terça-feira da semana passada, após uma briga entre um motorista de ônibus e um dos operários. Veículos e alojamentos foram incendiados e instalações foram depredadas. Os funcionários reclamam das condições de trabalho oferecidas na obra.

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