Parlamentares da oposição afirmaram nesta terça-feira (20), que vão trabalhar para derrubar no Congresso a decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar a correção da tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física em 6,5%.

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Em nota, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), voltou a criticar as medidas anunciadas pelo governo e afirmou que mobilizará a oposição para evitar a aprovação de propostas contrária aos trabalhadores.

"Na prática, isso (o veto à emenda) significa que o governo está aumentando o imposto de renda a ser pago pelos brasileiros. O brasileiro tem sido a grande vítima da incompetência e das contradições do governo do PT", disse o tucano. "A presidente Dilma inicia o seu novo mandato cortando direitos trabalhistas e aumentando impostos. Com isso, trai os compromissos assumidos com a população durante a campanha eleitoral."

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Proposta

No fim do ano passado, a proposta foi aprovada com o apoio de deputados do PT, que, diante da falta de acordo com o governo, não quiseram arcar sozinhos com o desgaste de ficar contra uma medida que beneficiaria, sobretudo, a classe média.

O autor da emenda, o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), disse que há uma "chance bastante razoável" de derrubar a decisão de Dilma. Apreciação dos vetos, agora, é realizada em votação aberta e os parlamentares, principalmente os petistas, ficariam constrangidos em mudar de posição, avalia.

O líder do DEM afirma que há um clima de insatisfação política e da população com a presidente, que tem tomado medidas impopulares, como o aumento de impostos, e isso poderia facilitar o processo.

"Vetar essa correção próxima ao valor final da inflação de 2014 é exigir que, mais uma vez, o trabalhador seja penalizado com a situação econômica do País. O governo retira mais gente da isenção para inchar ainda mais suas receitas do jeito mais fácil: apertando ainda mais o contribuinte", disse, em nota.

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A emenda de Mendonça foi aprovada no fim do ano passado, em votação simbólica na Câmara e no Senado. O valor que propunha corresponde ao teto da meta de inflação, e não ao centro, de 4,5%.

No dia da votação, para marcar posição, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PMDB-RS), chegou a fazer um apelo para que a medida não fosse aprovada, argumentando que isso traria um impacto bilionário para os cofres públicos.