O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que a eventual volta do imposto sindical faz parte da “agenda de retrocessos do PT”.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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Parlamentares da oposição criticaram a possível volta da cobrança do imposto sindical obrigatório avaliada pelo governo Lula. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta segunda-feira (21) que o novo modelo proposto é diferente do imposto sindical anterior, extinto em 2017. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que a iniciativa é parte da “agenda de retrocessos do PT”.

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“Vamos estar vigilantes para evitar mais essa apropriação do salário do trabalhador brasileiro”, afirmou Marinho nas redes sociais. O senador Sergio Moro (União-PR) questionou o possível retorno da contribuição. “Mão grande do Governo do PT querendo roubar três dias de rendimentos do trabalhador via reinstituição de contribuição sindical. Qual é o problema em manter ela voluntária?”, afirmou o ex-juiz da Lava Jato.

A líder do partido Novo na Câmara dos Deputados, Adriana Ventura (SP), afirmou que a volta do desconto obrigatório é o “cúmulo do absurdo”. Já a deputada federal Rosangela Moro (União-SP) apontou que o “governo parece esquecer que a reforma trabalhista foi recentemente aprovada e que o Congresso Nacional extinguiu a contribuição sindical”.

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O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) afirmou que fará de tudo para “barrar esse absurdo”. “Lembra quando o PT te obrigava a trabalhar um dia de graça pra bancar a mamata de sindicalista vagabundo? Agora o PT quer que você trabalhe 3 dias de graça! Farei de tudo para barrar esse absurdo! Lula nunca defendeu os trabalhadores. É tudo pela farra da companheirada!”, disse Kataguiri.

A contribuição sindical tornou-se opcional após a reforma trabalhista em 2017. Em abril deste ano, o governo montou um grupo de trabalho para avaliar a retomada do imposto. Nesta segunda, o jornal O Globo detalhou uma minuta sobre a possível volta da contribuição que prevê que dois terços do valor arrecadado seriam destinados aos sindicatos, e o restante distribuído entre confederações trabalhistas. Marinho afirmou que os trabalhadores que se recusarem a pagar precisarão ir às assembleias de suas categorias para votar contra.

“Não existe mais imposto sindical obrigatório. Mas uma democracia precisa ter um sindicato forte. O que está em debate é criar uma contribuição negociável. Se o sindicato está prestando um serviço, possibilitando um aumento salarial, é justo que o trabalhador não sindicalizado pague a contribuição. Se ele não aceitar pagar a taxa, é só ir à assembleia e votar contra”, disse o ministro ao jornal O Globo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]