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A banda Bad Religion é um dos grandes nomes da cena punk rock mundial | Divulgação/Seven Shows
A banda Bad Religion é um dos grandes nomes da cena punk rock mundial| Foto: Divulgação/Seven Shows

Parceria com o governo estadual, maior participação das micro, pequenas e médias empresas ou continuidade e aprimoramento dos 130 programas já instalados são as bandeiras levantadas pelas três chapas em formação para dirigir a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) nos próximos quatro anos. As propostas estão sendo apresentadas para os 96 sindicatos patronais filiados à entidade e que representam quase a totalidade das indústrias do estado.

O novo presidente da Fiep, a ser eleito em outubro, terá nas mãos cerca de R$ 160 milhões ao ano para administrar um sistema que emprega 2,2 mil funcionários – o dobro do que tinha na gestão de José Carlos Gomes de Carvalho, o Carvalhinho, que morreu em 2003, no dia da posse do atual dirigente. "Hoje investimos dez vezes mais que a gestão anterior. Houve multiplicação de até cinco vezes nos cursos do Senai e de quatro vezes no número de empresas atendidas pelo Sesi", defende Rodrigo da Rocha Loures. "Adotei a profissionalização do sistema."

A posição não agradou à maioria dos vice-presidentes da Federação que, em agosto de 2005, enviaram ao presidente uma carta destacando a "incongruência" entre a proposta original da chapa e a prática adotada. O documento não foi assinado por Virgílio Moreira Filho, que também pode sair como o candidato da oposição apoiado pelo governador Roberto Requião.

"Muitas deliberações foram tomadas por uma diretoria executiva que, embora seja formada por bons profissionais, são pessoas sem um histórico industrial e sem vida sindical", critica o candidato de oposição Álvaro Scheffer. Para ele, uma das incongruências foi a elitização da Fiep e sua preocupação com o interesse de grandes empresas e questões macroeconômicas. "Mas estamos mais para vinho de jarra do que para francês." Sua proposta é ouvir mais os presidentes de sindicatos patronais, para entender necessidade de regiões e setores específicos.

Scheffer diz ainda que a relação pessoal existente entre Rocha Loures e Requião prejudicou o posicionamento da Fiep em questões relevantes. O atual presidente diz que a amizade foi benéfica para governo e federação. Segundo ele, a Fiep soube se posicionar quando os interesses divergiam, como no caso do piso regional. Rocha Loures teve o apoio de Requião na eleição passada, mas disse que, para outubro, ainda não conversou com o governador.

Já a proposta da chapa de Luís Mussi e Moreira Filho é trabalhar em parceria com o governo. "Nós precisamos dessa integração". Mussi diz que a Fiep deixou de organizar missões internacionais e trabalhar na formação de Arranjos Produtivos Locais (APL) – ações que serão prioridade se a chapa que ele compõe for eleita.

Moreira Filho, atual secretário de estado da Indústria e Comércio, foi eleito presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) no ano passado, mas transferiu o cargo após tomar posse porque, segundo o estatuto da ACP, não poderia acumular as duas funções. Ele não conversou com a reportagem sobre a eleição da Fiep.

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