O oposicionista Partido Social Democrata conquistaria uma maioria absoluta se uma eleição fosse realizado imediatamente em Portugal, mostrou uma pesquisa nesta sexta-feira, dois dias depois da renúncia do primeiro-ministro socialista.

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Os portugueses devem ir às urnas no final de maio ou no início de junho.

O presidente Aníbal Cavaco Silva se reúne com líderes de partidos nesta sexta-feira para consultas que, provavelmente, resultarão na convocação de eleições antecipadas por conta da renúncia de José Sócrates.

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A pesquisa publicada no jornal Diário Econômico, mostra 46,7 por cento de apoio ao PSD, cerca de um ponto percentual a menos do que em fevereiro, mas ainda dando à oposição votos suficientes para conseguir a maioria absoluta.

A pesquisa desta sexta-feira mostrou apoio de 24,5 por cento para os socialistas, contra 29,1 por cento em fevereiro. O número foi afetado pelos planos do governo de novas medidas de austeridade para lidar com a crise.

Sócrates renunciou na quarta-feira após o Parlamento rejeitar as medidas de austeridade propostas por seu governo de minoria, na tentativa de evitar que o país recorra a um pacote de ajuda internacional.

Os prêmios da dívida do país registraram novas altas recordes na quinta-feira, e as agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch cortaram a nota da dívida soberana de Portugal em dois pontos após a renúncia de Sócrates.

Sócrates, cujo segundo mandato como premiê terminaria em 2013, disse que disputará um terceiro mandato, mas analistas políticos afirmam que será difícil para os socialistas vencerem a eleição após as dolorosas medidas de austeridade que impuseram.

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Eles também afirmam, entretanto, que Sócrates é um político experiente e impetuoso durante campanhas, e que, por isso, uma recuperação dos socialistas não pode ser descartada.

A pesquisa foi realizada pelo instituto Marktest durante 21 e 23 de março. Ela ouviu 805 pessoas.

(Reportagem de Shrikesh Laxmidas)