Além dos processos da Apple e da Microsoft contra os fabricantes de celulares com Android, outra empresa de tecnologia, a Oracle, batalha na Justiça americana por uma indenização do Google.
A Oracle pede US$ 2,6 bilhões (R$ 4,09 bilhões) do buscador por causa de patentes usadas nos sistemas para celular em um processo iniciado há um ano. Na semana passada, a empresa de tecnologia norte-americana pediu à Justiça o depoimento do CEO e cofundador do Google, Larry Page sobre o caso. Ela acusa o Google de ter usado intencionalmente tecnologias patenteadas no Android, sem o consentimento ou pagamento de licenças, e Page de ter participado das negociações
Segundo a denúncia, o Google teria usado tecnologias da linguagem de programação Java para desenvolver o Android. O problema é que a linguagem foi desenvolvida pela Sun Microsystems. E a Sun foi comprada pela Oracle em janeiro do ano passado.
Depois de uma audiência preliminar no dia 12, o juiz do caso, William Alsup, levantou questões favoráveis à Oracle. "Aparentemente é possível que o Google tenha sabido que iria violar patentes de partes do Java, tenha começado uma negociação com a Sun para obter uma licença de uso no Android e depois tenha abandonado as negociações por causa do alto preço e lançado o Android sem qualquer licença", escreveu o juiz.
Desenvolvimento
Grande parte do sucesso inicial do Android tem origem na proposta do Google de criar uma plataforma de celular aberta que não dependesse de licenças e que pudesse abrir caminho para fabricantes criarem smartphones tão bons quanto o iPhone.
Nenhum fabricante paga para usar o Android, nem o Google recebe por isso. A renda viria de forma indireta, à medida que as pessoas usassem os serviços Google nos celulares que incluem anúncios direcionados.
"Há situações em que as empresas buscam patentes como meio de defesa. Tanto para evitar questionamentos judiciais contra ela - e isso acontece muito quando há tecnologias com similaridades - e também utilizando essas patentes para impedir o desenvolvimento dos concorrentes", explica o advogado Renato Dolabella, especializado em propriedade intelectual.
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