Apesar dos temores em relação ao comportamento da economia mundial, o governo brasileiro formulou uma proposta orçamentária para 2008 calcada em inflação baixa e crescimento forte, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Planejamento.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estima uma expansão da economia do país de 5 por cento para o próximo ano, de acordo com o projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional.
Para 2007, a estimativa é de um crescimento de 4,7 por cento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo a estimativa mais recente do Banco Central, incluída no relatório de inflação do segundo trimestre.
O cenário de inflação traçado no Orçamento da União também é otimista. De acordo com os cálculos apresentados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará o próximo ano com alta de 4 por cento.
A variação prevista está abaixo do centro da meta fixada pelo governo, que é de 4,5 por cento.
Na proposta do governo, o salário mínimo será reajustado para 407,33 reais. Atualmente, o valor vigente é de 380 reais.
Investimentos
As empresas estatais terão papel predominante nos investimentos previstos para 2008. Do caixa da União, o governo pretende tirar 30,2 bilhões de reais para serem investidos ao longo do próximo ano. Já para as estatais, a previsão é de um dispêndio de 62,1 bilhões de reais.
Deste montante, 48,1 bilhões de reais serão destinados para obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo no início deste ano.
No caso dos 30 bilhões do governo, cerca de 18 bilhões de reais serão colocados nos projetos contemplados no PAC.
Outra projeção otimista incluída no orçamento é da Previdência Social. Pelos cálculos, o déficit previdenciário de 2008 será de 41,6 bilhões de reais, abaixo da estimativa feita para o resultado de 2007, que indica um rombo de 45 bilhões de reais.