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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Os números da inflação oficial acumulada até julho mostram que os preços da alimentação no domicílio subiram mais do que comer em restaurantes. Em Curitiba e região, segundo o IBGE, a diferença foi de mais de quatro pontos porcentuais: alta de 10,69% para a alimentação em casa, contra 6,54% da alimentação em restaurantes e lanchonetes.

Entre os alimentos mais impactados dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos sete meses na capital paranaense, a cebola é disparada a campeã da alta de preços. O preço do produto subiu incríveis 233% entre janeiro e o mês passado. Como comparação, o segundo subitem mais pressionado pela inflação foi o tomate, com alta de “apenas” 52,34%.

Com o preço da cebola nas alturas, o item “tubérculos, raízes e legumes” assumiu o topo da inflação da alimentação em casa, com um IPCA acumulado em 2015 de 73,86% em Curitiba e região. Conheça outros itens que estão pesando na refeição e a respectiva inflação do período:

  • TUBERCÚLOS, RAÍZES E LEGUMES: 73,86% – Quem gosta de fazer sopa para o jantar está gastando mais em 2015. Além da cebola (233,04%) e do tomate (52,34%), a cenoura e a batata inglesa também ficaram mais caras, com aumento de 38,22% e 27,08%, respectivamente.
  • HORTALIÇAS E VERDURAS: 21,17% – Nem a salada se salvou da alta de preços. A alface subiu 31%, seguida do repolho (7,44%) e da couve (6,77%)
  • SAL E CONDIMENTOS: 14,60% – Outro tempero bastante popular entre donas de casa e chefes de cozinha pressionou o IPCA desse item. A inflação do alho acumulou 17,26% até julho, seguido por fermento (19,4%) e maionese (14,02%).
  • LEITE E DERIVADOS: 12,70% – O café da manhã também vem sofrendo os efeitos do descontrole de preços. O leite longa vida, por exemplo, ficou 15% mais caro neste ano. Na sequência vêm iogurte e bebidas lácteas (11,99%) e queijo (10,67%).
  • CARNES INDUSTRIALIZADAS: 10,90% – Este item reúne alimentos embutidos de modo geral. Os vilões foram a popular vina (salsicha) do cachorro-quente (19,80%), seguido do presunto (11,26%) e da mortadela (11,09%).
  • AVES E OVOS: 10,23% – Fritar um ovo está pesando mais no bolso dos moradores de Curitiba e região. O produto ficou 28,35% mais custoso em 2015. Já o frango em pedaços subiu 7,60%.
  • AÇÚCARES E DERIVADOS: 9,57% – Má notícia para quem gosta de doces de modo geral: os preços do chocolate, do achocolatado em pó e do sorvete encareceram todos na casa de 12%. Já o açúcar refinado está 8,72% mais “pesado”.
  • ÓLEOS E GORDURAS: 8,68% – O óleo de soja ficou 11,75% mais “salgado” em 2015, impactando dezenas de receitas culinárias que dependem de fritura. O mesmo vale para a margarina, que subiu 3,26%.
  • CARNES: 8,25% – Seja no churrasco ou no tradicional bife com fritas, consumir carne está abocanhando uma fatia maior da renda do curitibano. Até julho, a costela bovina é disparada a que ficou mais cara: 19,72%. A boa notícia é que o preço da carne suína caiu 5,36%.
  • FRUTAS: 7,77% – Populares na mesa dos brasileiros, a laranja pera, a banana prata e a maça subiram 14,0%, 8,21% e 7,31%, nesta ordem. Mas nenhuma destas altas foi páreo para a uva, que ficou 26,35% mais cara neste ano.
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