Do lado europeu, temos o padrão DVB-H (Digital Video Broadcasting for Handhelds) para a TV no celular. Segundo Juha Lipianen, da divisão multimídia da Nokia, a principal vantagem do DVB-H é ser de padrão aberto e já compatível com o DVB terrestre. Segundo seus requisitos, seria capaz de receber 15 Mbps num canal de 8MHz. A resolução na telinha do celular seria de um padrão semelhante ao do VHS.
Nos Estados Unidos, por sua vez, já está avançada a implementação do MediaFLO (o FLO quer dizer Forward Link Only), uma plataforma móvel de distribuição de mídia que a Qualcomm, a inventora do CDMA, bolou e está apresentando. Segundo Valerijonas Seivalos, vice-presidente da Qualcomm no Brasil, a tecnologia tem dois modelos. Um não é em tempo real e permite ao usuário baixar programas para o celular nas horas mortas da madrugadas, selecionando-o num menu na operadora. Depois, assiste quando quiser. "O MediaFLO funciona em 700 MHz nos EUA e cobre 25 quilômetros", conta Seivalos. O outro modelo, que está sendo preparado em conjunto com a Verizon nos EUA e deve chegar ao mercado no segundo semestre de 2006, é um MediaFLO em tempo real.
Enquanto isso, na Suíça, a Ericsson e a Sunrise, operadora suíça de telefonia móvel, fecharam parceria para transmissão de TV (com vídeo sob demanda) no celular, com um seletor de canais próprio. No Brasil, já há aplicações de TV móvel com alguma qualidade no Vivo Play 3G e no TIM TV Access.
Quem tenta resumir o futuro de todas essas possibilidades digitais e móveis é Gary Forny, do grupo de celulares e handhelds da Intel: "A mobilidade do futuro consistirá em várias redes sem fio e múltiplos dispositivos para adotá-la", diz. "Os celulares estão cada vez mais perto dos computadores e a limitação não vai ser a tecnologia em si, mas o que se quer fazer com ela. Teremos cada vez mais formatos e modelos e cada pessoa escolherá um deles de acordo com suas necessidades. A televisão digital no celular é mais uma aplicação interativa entre tantas outras."
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