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Petróleo e gás

OSX cancela contrato da Techint

Canteiro da Techint em Pontal do Paraná, em julho de 2012. Área foi reformada com olhos no contrato bilionário com a OSX | Sandra Terena
Canteiro da Techint em Pontal do Paraná, em julho de 2012. Área foi reformada com olhos no contrato bilionário com a OSX (Foto: Sandra Terena)

A crise das empresas de Eike Batista chegou a Pontal do Paraná. A OSX, empresa responsável pelos estaleiros do grupo do milionário, decidiu interromper a encomenda de uma das duas plataformas que a multinacional ítalo-argentina Techint está construindo na cidade do litoral paranaense. Os contratos somam R$ 1 bilhão e foram os principais responsáveis pelo investimento de R$ 300 milhões que a Techint fez na retomada de seu canteiro de obras de Pontal.

A interrupção do contrato foi anunciada depois que a OGX, petroleira do grupo de Eike, constatou que é inviável explorar três dos seus poços de petróleo do campo Tubarão Azul. Desta forma, o grupo cancelou os projetos de construção da plataforma WHP-1, da Techint, e outras quatro unidades (OSX-3, OSX-4, WHP-3 e WHP-4). No comunicado que fez ao mercado, a OSX afirma que iniciará a partir de agora as negociações "quanto ao término deste escopo contratual" com a multinacional baseada em Pontal do Paraná. O comunicado também explica que o cancelamento está "em linha com a priorização absoluta da construção da WHP-2", a outra plataforma encomendada pelo grupo e que está sendo construída no litoral paranaense pela multinacional.De acordo com o comunicado, 70% da recente injeção de US$ 449 milhões que a OGX fez na OSX devem ser usados para honrar o contrato de construção da WHP-2, da Techint, e para a conclusão da plataforma OSX-3. A primeira teve 50% da sua execução física completa e a segunda já está em fase final, com 92,7% da construção completa. As duas estão previstas para operar no campo Tubarão Martelo, que deve ser explorado normalmente.Os projetos da WHP-1 e WHP-2 somavam o montante de R$ 1 bilhão para o estaleiro paranaense da Techint e foram responsáveis pela duplicação no número de profissionais contratados pela multinacional em Pontal: antes do contrato das duas plataformas eram 2 mil trabalhadores e, depois, 4,5 mil. As duas plataformas tinham previsão inicial de entrega nos próximos meses.As operações da Techint, no entanto, parecem não depender exclusivamente das encomendas de Eike. Em abril deste ano, a Petrobrás contratou a empresa para que construísse uma das suas plataformas de extração do pré-sal. A P-76 deve ficar pronta em 2017 e será usada na Baía de Campos. Na oportunidade, o anúncio foi visto como fundamental para a continuidade das atividades da multinacional em Pontal.A Techint não respondeu ao contato da reportagem em função do feriado em São Paulo.

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