O otimismo dos empresários no mundo em relação à economia global atingiu o nível mais baixo desde 2009, segundo revelou o relatório trimestral International Business Report (IBR) 2012 da Grant Thornton International.
Apenas 13% dos executivos estão otimistas com a economia global, uma queda de 16%, na comparação anual.
Os dados trimestrais foram ainda piores, registrando um otimismo global de somente 8%, queda de 15% na comparação com o segundo trimestre deste ano.
O estudo é feito com base em 12 mil empresas distribuídas por 40 economias. Entre os países que puxaram essa baixa estão o Japão (-65%), a Espanha (-64%), a Finlândia (-48%), a França (-44%), e a Itália (-24%).
No terceiro trimestre, a Finlândia foi o país que apresentou a maior queda no otimismo (-76%).
Nos Estados Unidos, a queda foi de 31%, passando de 50% registrados no segundo trimestre para 19%.
Entre os mais otimistas estão os empresários do Peru (91%), Bósnia e Filipinas (ambos com 84%), Emirados Árabes (80%), Chile e México (com 78%) e Índia (68%).
Regionalmente, a América Latina teve destaque positivo com aumento de 15% no nível de otimismo do empresariado para 64%.
Já os países do G7 -França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, EUA e Canadá- tiveram queda de 25%, a maior queda no nível de otimismo, passando para -4%.
Brasil
No Brasil, apesar das perspectivas modestas para o PIB (Produto Interno Bruto), os empresários brasileiros continuam otimistas.
De acordo com dados da pesquisa, 66% dos empresários brasileiros estão otimistas com relação à economia local nos próximos 12 meses, um leve aumento de 5% em relação ao segundo trimestre.
Com isso, o país ficou na 8ª posição no ranking mundial de otimismo. "O governo tem demonstrado a intenção de trabalhar nas questões prioritárias, além do consumo, para estimular o crescimento como, por exemplo, as parcerias com a iniciativa privada no setor de infraestrutura e a desoneração do custo de energia", aponta o levantamento.
Esses pontos demonstram que o país pode alcançar um crescimento sustentável de longo prazo", diz Paulo Sérgio Dortas, managing partner da Grant Thornton Brasil.
Esse otimismo se reflete nas empresas.
Segundo o IBR, 72% dos líderes consultados esperam aumentar as receitas e 52% preveem elevação da lucratividade, percentuais bem acima da média global de 47% e 33%, respectivamente.
A expectativa com relação aos empregos nas companhias ainda é alta, com 42% dos entrevistados dizendo que esperam contratar. Esse resultado, porém, 15% menor do que o apresentado no segundo trimestre.
Além disso, o estudo mostrou que 43% dos empresários pesquisados planejam elevação de preços e 54% tem como planos fazer investimentos em máquinas e equipamentos.
A boa notícia é que os empresários acreditam contar com facilidade no acesso ao crédito.
Para 70% deles, nos próximos 12 meses, o crédito deverá ficar mais acessível e 72% se sentem apoiados pelos credores.
Para a maioria dos empresários, a burocracia (58%) e a falta de mão de obra qualificada (47%) ainda são os grandes entraves para o crescimento dos negócios no Brasil.
No primeiro quesito, o percentual brasileiro é o maior entre todas as economias pesquisadas e igual apenas ao da Grécia.
Com relação à disponibilidade de profissionais qualificados, o Brasil fica atrás somente da Índia (58%), Vietnã (54%) Nova Zelândia (50%) e Bósnia (48%).
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast