O principal índice da Bovespa subiu nesta terça-feira (4), com o setor financeiro ajudando a levantar o mercado, após o Itaú Unibanco divulgar resultado trimestral acima do esperado e investidores caçando barganhas. O Ibovespa subiu 1,77%, a 46.964 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou R$ 7 bilhões.

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A ação do Itaú Unibanco subiu 4,85% e a de sua holding controladora, Itaúsa, ganhou 5,84%, o que fez os dois ativos exercerem as maiores influências positivas no Ibovespa. O Itaú teve lucro líquido de R$ 4,646 bilhões no quarto trimestre. Em bases recorrentes o lucro foi de R$ 4,68 bilhões, bem acima dos R$ 4,14 bilhões esperados em média por sete analistas consultados pela Reuters.

O BTG Pactual elevou sua recomendação da ação do Itaú para "compra" após o resultado, afirmando que "o ambiente macroeconômico ultra desafiador não impediu o banco de entregar um ótimo retorno sobre patrimônio de 24%". Outros bancos, como Banco do Brasil e Bradesco também subiram com força após os resultados. "O (balanço do) Itaú está animando o setor por inteiro, pois passa uma mensagem do que está acontecendo. De maneira geral, temos visto que os bancos têm tido um sucesso relativamente grande em controlar as provisões, a qualidade de crédito e o crescimento de receita com serviços e tarifas", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

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Contudo, a maior alta do Ibovespa foi da empresa de shopping centers BR Malls, que divulgou na véspera prévia operacional do quarto trimestre. No período, as vendas totais nos shoppings da companhia tiveram alta de 12,7% em relação ao mesmo período de 2012.

No exterior, o dia era positivo para as bolsas norte-americanas, após baixa expressiva na véspera, dia em que o Ibovespa caiu 3,13%. "Uma hora fica nítido que, de tanto cair, o preço começa a ficar mais atrativo", disse o estrategista Alexandre Ghirghi, da Método Investimentos, apontando ações como Petrobras, que subiu 1,73 por cento. A preferencial da Vale subiu 1,65%.

Ghirghi citou comentários do vice-presidente de investimentos da Credit Suisse Hedging Griffo, Luis Stuhlberger, na véspera, afirmando que a gestora de ativos está acrescentando ações do país a seu portfólio gradualmente, uma vez que os preços de algumas das maiores e mais líquidas companhias brasileiras chegaram a níveis "justos" .