Brasília (AE) Desde 1999 os empresários industriais não começavam o ano com tão pouco entusiasmo. A pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que eles estão otimistas em relação ao que vai acontecer com a economia e com seu próprio negócio nos próximos seis meses. No entanto, a taxa medida pela CNI é a mais baixa dos últimos oito anos.
A razão para o pouco otimismo é uma espécie de "ressaca" do fim de 2005. A pesquisa da CNI revela que, na avaliação dos empresários, a produção industrial praticamente não cresceu no quarto trimestre em relação ao terceiro contrariando as esperanças do governo após a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em setembro.
A causa do desempenho fraco foi o excesso de estoques acumulados ao longo dos três primeiros trimestres ano passado. No quarto trimestre, a produção não cresceu porque ainda havia mercadorias estocadas. Parte desses bens foi vendida no final do ano, mas ainda permanece uma reserva acima da esperada. Por essa razão, o desempenho da indústria no início deste ano também deve continuar morno. Esse movimento, porém, abrirá espaço para uma retomada mais vigorosa em meados do ano, segundo o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Renato Fonseca.
Para a CNI, as expectativas do empresariado tendem a melhorar. "Há previsão de aumento de gastos públicos por ser ano eleitoral, as altas taxas de juros estão em trajetória de queda e continua a expectativa de um comércio exterior aquecido", disse Fonseca. Por isso, a entidade aposta em uma melhoria das expectativas dos industriais na próxima sondagem que será feita em abril.
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