Especializada em gestão e terceirização de frotas, a Ouro Verde registrou um crescimento de 19,2% na sua receita líquida em 2015. A empresa paranaense alcançou uma receita de R$ 981,9 milhões nos últimos doze meses. Os números foram divulgados nesta terça-feira (01).
A locação de veículos e máquinas pesadas foram os responsáveis por puxar o bom resultado. Ao todo, o setor gerou R$ 796,2 milhões ao caixa da empresa e representou um aumento de 16,7% na receita de serviços em comparação com o ano anterior. De acordo com o presidente Karlis Kruklis, a crise forçou muitos de seus clientes a migrarem de equipamentos próprios para locação e isso ajudou a manter o bom desempenho apresentado no último ano fiscal. “É um modelo de negócio que funciona tanto em situações de crise quanto em momentos mais favoráveis”, diz.
Ainda assim, a Ouro Verde viu seu lucro cair pela metade no período. Dos R$ 17,9 milhões registrados em 2014, a companhia encerrou 2015 com R$ 8,9 milhões, uma queda de 50,3%. Kruklis explica que a redução é reflexo do aumento da taxa básica de juros no último ano e da mudança nas regras do BNDES, que passou a financiar apenas 50% do valor dos equipamentos. A alteração forçou a companhia a destinar mais recursos do próprio caixa na compra de novos veículos. Ao todo, foram R$ 442,5 milhões investidos na atualização da frota.
Para 2016, o presidente se mostra otimista e revela que a expectativa é de um resultado melhor. “Não estamos apostando em estabilidade. Queremos continuar crescendo e ser mais eficientes”, afirma o executivo, que espera ver uma recuperação dos lucros no próximo ano. A empresa passou por uma reestruturação recente e reduziu o número de cargos executivos, o que deve ajudar a diminuir os gastos. “É provável que tenhamos um novo aumento nos juros ao longo do ano, então é preciso ter controle, reduzir custos e construir uma solidez financeira que nos permita passar por esses momentos”, afirma.
Kruklis diz ainda que o bom desempenho em 2015 e que deve se repetir em 2016 é, na verdade, fruto de algo que a empresa vem desenvolvendo há bem mais tempo. “Estávamos preparados para momentos de crise. Os frutos que colhemos agora foram plantados muito antes”, conclui.
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