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Novo PAC

PAC inclui 19 poços da Petrobras na Margem Equatorial, que ainda não tem licença do Ibama

Jean Paul Prates
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, incluiu 47 projetos da estatal no Novo PAC, entre eles perfuração de poços na Margem Equatorial em áreas sem licenciamento. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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A nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento, chamado agora de Novo PAC, lançado na manhã desta sexta (11), terá o reforço de pelo menos 47 projetos que serão tocados pela Petrobras. A estatal pretende investir em novas estruturas de exploração e processamento de petróleo nas bacias de Campos e da Margem Equatorial.

Destes 47, 19 estão localizados na área que inclui a foz do Rio Amazonas, na altura do Amapá, onde a Petrobras ainda aguarda o licenciamento ambiental para fazer a perfuração de um poço de teste, e que gerou uma crise interna no governo entre ministérios. A estatal vem reafirmando a intenção de explorar petróleo na Margem Equatorial mesmo após negativas do Ibama.

A recusa do instituto em liberar o licenciamento levou a Petrobras e o governo a recorrerem à Advocacia-Geral da União (AGU) para encontrar uma brecha na lei que pode permitir a exploração sem a autorização do Ibama. O órgão deve emitir um parecer em breve, conforme confirmou à Gazeta do Povo.

A estatal já explora petróleo na Margem Equatorial, com dois poços na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, e aguarda autorização do Ibama para uma terceira perfuração.

Além dos investimentos na região, Prates anunciou 19 “novos sistemas de exploração”, como plataformas e outras embarcações para a produção nas bacias de Campos, Santos e Sergipe-Alagoas. E, ainda, projetos de escoamento de gás, como o gasoduto Rota 3, no Rio de Janeiro, e dois em Sergipe e Alagoas.

“Tem a Rnest (Refinaria Abreu e Lima, que vai aumentar a capacidade para 260 mil barris por dia). Tem projetos de upgrade da Replan (Refinaria de Paulínia, em São Paulo) e da Revap, com melhoria de diesel. A transição energética, com planta de bioqav (combustível renovável para aviação) e diesel renovável. Tem planta de co-processamento R5 (diesel mais renovável) na Repar (refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná), Cubatão, em Duque de Caxaias e Rnest”, disse em registro do jornal O Globo.

Há a possibilidade, ainda, da Petrobras incluir outros projetos no Novo PAC nos próximos meses, algo em torno de R$ 300 bilhões que fazem parte do próximo plano de negócios a ser lançado até novembro.

Segundo Prates, serão pelo menos cinco projetos voltados para o refino, a petroquímica e a produção de fertilizantes, próprios ou de aquisições.

“O legal foi isso: abrir a possibilidade de colocarmos esses projetos que ainda não estão aprovados como um todo, mas são indicações de projetos. Devem entrar daqui até março, numa segunda rodada”, afirmou.

Ao todo, o Novo PAC terá o investimento de R$ 1,7 trilhão em nove eixos de atuação, sendo R$ 1,4 trilhão até o final do atual governo, em 2026, e R$ 300 bilhões de 2027 em diante. A União vai entrar com R$ 371 bilhões, e o restante dos recursos será investido por empresas estatais (R$ 343 bilhões), financiamentos (R$ 362 bilhões) e parcerias público-privadas (R$ 612 bilhões).

O lançamento do programa, no entanto, ocorre antes da aprovação do novo arcabouço fiscal, responsável por definir quais serão os limites de gastos do governo para os próximos anos.

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