Na primeira reunião com os partidos da coalizão após anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou aos presidentes e líderes partidários que o plano não é uma obra acabada. A informação foi dada pelo presidente do PMDB, Michel Temer, que atuou como porta-voz do grupo.
- A reunião com o presidente espancou a idéia de que este é um plano acabado - disse Temer, observando, porém, que o Executivo deixou claro que não quer mexer nas linhas mestras do programa, embora esteja aberto a sugestões.
- Há um planejamento para integrar vários setores e isso não impede que sejam feitas sugestões, desde que estejam conectadas a essa integração nacional proposta pelo plano - esclareceu.
O secretário-geral do PSB, Renato Casagrande, disse que o PAC poderá ser negociado, desde que seja mantida a linha de integração das medidas. Segundo Casagrande, o programa não é uma imposição.
- O governo está aberto à negociação de pontos do PAC. A orientação do presidente é para contornar as divergências, Mas não se pode transformar o PAC numa grande feira de varejo - disse.
De acordo com Michel Temer, o importante é "manter a integração nacional" proposta no PAC. Na reunião, que durou cerca de duas horas, foram tratados, além do pacote de obras, temas polêmicos, como a reposição salarial dos funcionários públicos e a utilização do FGTS em fundos de investimento para obras de saneamento.
- O presidente nos assegurou que não haverá perda para os trabalhadores.
Lula também anunciou que a cada 15 dias quer informações sobre o programa para saber do andamento dos projetos. A reunião também tratou, de forma superficial, segundo Temer, de um dos pleitos dos governadores: a divisão da CPMF com os estados.
- Este tema poderá ser debatido, mas será de difícil execução - afirmou o presidente do PMDB, esclarecendo que no encontro não sentiu entre os presidentes dos partidos da coalizão nenhuma indicação de que o assunto terá abertura para ser discutido.
Temer levou alguns pleitos dos governadores do PMDB - Sérgio Cabral, do Rio, André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul, e Marcelo Miranda, do Tocantins. Ele não especificou quais obras seus partidários querem ver incluídas no PAC. Temer disse que a reunião dos partidos de coalizão não tratou da disputa da Câmara.
- Aqui, no Palácio, não é o lugar para se discutir isso.
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