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Pacheco e Haddad vão decidir sobre MP da reoneração na próxima semana, diz secretário

Dario Durigan
Secretário Dario Durigan afirma que acordo para não devolver MP ao governo vai depender de negociação entre Pacheco e Haddad. (Foto: Washington Costa/Ministério da Fazenda)

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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou na manhã desta quarta (10) que caberá ao ministro Fernando Haddad e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidirem sobre o encaminhamento ou não da medida provisória que reonera gradualmente a folha de pagamento do setor produtivo da economia.

Ele participou de uma reunião fora da agenda oficial com Pacheco e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) para tentar convencer o presidente da casa a não devolver a MP. Pacheco tem sido pressionado por parlamentares a não dar encaminhamento à medida, que anularia os efeitos da derrubada do veto presidencial sobre a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos.

Durigan afirmou que a reunião ocorreu para se tentar chegar a um acordo sobre a reoneração dos setores pretendida por Haddad para se tentar manter a meta de zerar o rombo das contas públicas neste ano. Pacheco já havia adiantado na terça (9) a necessidade de se aprofundar as discussões sobre alguns dos pontos que o ministro pretende modificar.

O secretário afirmou que “a decisão vai caber ao presidente do Senado” e que o governo tem apresentado dados técnicos que comprovam a necessidade de se manter a medida provisória enviada pelo ministro para “fechar o orçamento com equilíbrio entre receitas e despesas, que deve ser perseguido neste ano”.

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Dario Durigan afirmou que Pacheco se comprometeu a conversar com Haddad na semana que vem – provavelmente na segunda (15) –, quando o ministro volta de férias, e que a questão será resolvida antes do fim do recesso parlamentar, no começo de fevereiro.

“O limite de toda essa discussão é o equilíbrio fiscal, não é possível termos feito o esforço que fizemos no ano passado e agora não seguirmos nessa mesma esteira. É olhar o que tem de despesas e fazer as compensações, como o ministro Haddad sempre fez. É preciso prestigiar o Congresso, mas olhar o equilíbrio das contas”, ressaltou o secretário.

Durigan disse, ainda, que o argumento técnico que tem utilizado para reforçar a necessidade da medida provisória é o dos números, do impacto que a desoneração da folha de pagamento causa no orçamento. “Gostaríamos muito de ter esse impacto considerado nessa tomada de decisão”, completou.

Pacheco ainda não se pronunciou sobre a reunião desta manhã.

Na terça (9), o presidente do Senado afirmou que os parlamentares entendem a necessidade de se buscar fontes de receita para alcançar a meta de zerar o rombo das contas públicas neste ano, tanto que aprovaram o Orçamento com o déficit zero para 2024. No entanto, disse que é preciso “construir uma solução de arrecadação sustentável” para isso.

Ele enfatizou, ainda, que o tema da desoneração não é inconstitucional, que já vinha sendo aprovado desde 2011 e que, apesar de gerar uma redução da receita, traz benefícios na outra ponta da geração de empregos e renda. Pacheco ainda pontuou que o projeto foi aprovado e teve o veto presidencial derrubado pelo Congresso por ampla maioria.

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