270 megawatts
é a potência das usinas da Copel cujas concessões vencem até 2017 e que, portanto, estão incluídas entre aquelas que serão revistas pelo governo federal. O número equivale a menos de 6% do total de geração da companhia.
As ações das companhias de energia elétrica tiveram quedas expressivas ontem na Bolsa de Valores de São Paulo. A desvalorização foi consequência das medidas anunciadas na véspera pelo governo federal, que resultarão em uma redução média de 20,2% nas tarifas a partir do ano que vem. Segundo a interpretação de investidores e analistas, os dividendos e as margens das empresas serão sacrificadas, em especial devido à antecipação da renovação das concessões que venceriam a partir de 2015.
O índice de ações de companhias elétricas na Bovespa, o IEE, perdeu 8,17%, enquanto que o principal índice geral, o Ibovespa, subiu 0,84%. As maiores perdas foram nas ações PNB da Cesp, que caíram 27,75%, para R$ 20,05; os papéis PN da Cteep (Transmissão Paulista) perderam 24,06%, fechando a R$ 30,30; Cemig PN perdeu 19,46%, encerrando o pregão em R$ 25,37. Copel PNB recuou 4,12%, e as ações ficaram em R$ 32,37.
Comunicado
A companhia paranaense emitiu comunicado ao mercado, observando que o impacto das medidas sobre as suas atividades será pequeno. O principal argumento é que uma parte muito pequena de seu parque gerador tem concessão a vencer até 2017, período envolvido na Medida Provisória anunciada na terça-feira. As geradoras que se enquadram nesse critério somam 270 megawatts de potência, menos de 6% do total da Copel.
O temor de que as medidas resultem em menos lucros e, consequentemente, menos dividendos vem da falta de informações sobre a compensação às empresas. Embora o governo tenha deixado claro que vai indenizar as empresas por ativos não amortizados (ou seja, que ainda vão gerar despesas para as concessionárias) na renovação das concessões, as incertezas sobre esses valores e a real depreciação dos ativos faz com que o mercado veja riscos para os resultados das elétricas, segundo analistas.
Decepção
"As condições sobre os valores recebidos para ativos não depreciados será fundamental para determinar o impacto sobre as empresas. Notícias de que as quantias podem ter de ser usadas para novos investimentos no setor, em vez de pagar dividendos aos acionistas, poderiam decepcionar", disseram os analistas Felipe Leal e Diego Moreno, do Bank of America Merrill Lynch, em relatório.
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