O pacote habitacional que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar esta semana será um conjunto de medidas que estão longe de resolver o déficit de oito milhões de moradias no país, alertam representantes do setor privado e os próprios técnicos do governo.
O plano, que prevê subsídios e corte de impostos para incentivar a construção de 1 milhão de unidades até o fim de 2010, é mais uma forma de ajudar a construção civil - para gerar empregos e reaquecer a economia diante da crise global - do que um programa de longo prazo para permitir que os brasileiros realizem o sonho da casa própria.
Com subsídios que podem superar R$ 24 bilhões, incluindo R$ 12 bilhões do FGTS até 2011 e recursos do Fundo Soberano, o programa federal corre o risco de não ter continuidade em um outro governo.
- Se o próximo governo não quiser manter esse tipo de subsídio, não há nada que se possa fazer - admite um técnico da equipe econômica.
Apesar do risco, o coordenador do Plano Nacional de Habitação (PlanHab), disse esperar que a novas medidas contribuam para implantar uma política de longo prazo para o setor.
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