Pesquisa da Fundação Procon do estado de São Paulo com sete bancos mostra que os pacotes padronizados de tarifas têm diferença de até 61,9% de uma instituição para outra. Segundo o levantamento, o menor valor verificado no dia 16 de maio foi de R$ 10,50 por mês e o maior, de R$ 17.
Conforme estipulado pelo Banco Central (BC), o pacote padronizado inclui confecção de cadastro para início de relacionamento, oito saques mensais e quatro extratos por mês, além de dois extratos do mês imediatamente anterior e quatro transferências entre contas do mesmo banco.
O menor valor cobrado pelo pacote padronizado é do banco Itaú (R$ 10,50) e o maior, do Safra (R$ 17). Comparados com os valores cobrados em 3 de maio de 2010, as tarifas do Itaú se mantiveram no mesmo nível, enquanto as do Safra tiveram redução de 15%.
O pacote do Banco do Brasil registrou aumento de 3,85% e o da Caixa teve alta de 15%. Além do Safra, outros bancos apresentaram redução de preços: Bradesco (13,79%), HSBC (20,59%) e Santander (22,22%). Na média, o valor do pacote padronizado ficou em R$ 13,71, ante R$ 15,43 de maio do ano passado (redução de 11,11%).
Para cartões de crédito, algumas tarifas cobradas pelos bancos chegam a ter diferença de 100%. É o caso da tarifa para segunda via de cartão de crédito. O maior valor cobrado, de R$ 10 pelo Itaú, é o dobro dos custos na Caixa e no Santander (R$ 5). No caso das anuidades, o maior valor (R$ 60) é cobrado pelo Santander e o menor (R$ 45), pelos estatais Banco do Brasil e Caixa diferença de 33,33%. A pesquisa do Procon é baseada em preços divulgados pelos sites das instituições financeiras.
Como economizar
A pesquisa "O Observador", encomendada pelo grupo Cetelem BGN, mostra que os serviços bancários lideram os gastos das famílias no país. A conta inclui o financiamento da casa própria, crédito bancário, seguro e previdência privada.
A Associação Brasileira de Direitos do Consumidor (Pro Teste) orienta que a melhor forma de economizar com as tarifas bancárias é buscando um pacote de seriços mais adequado ao perfil do usuário. A dica é que o consumidor avalie quais dos serviços contratados e pagos em seu pacote ele de fato está usando. O usuário pode pagar individualmente pelos serviços que usar esporadicamente, sem obrigatoriedade da contratação de um pacote. Essa pode ser uma boa opção para aqueles que não usam muitos serviços, considerando que muitos são gratuitos. Pacotes com serviços ilimitados sempre vão ser mais caros e só valem a pena para quem realmente usa muitos serviços. "Da mesma maneira, se você paga mensalmente um valor baixo, mas acaba extrapolando os limites e pagando além do valor da cesta, está na hora de ver se não há um pacote mais adequado e que no fim do mês saia mais barato. Em um ano, se optar por um pacote mais adequado ao seu perfil, poderá fazer uma boa poupança", diz a entidade.
A Pro Teste também chama a atenção para a prática de "venda casada", proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, que condiciona a aquisição de um produto à obtenção de outro, como a compra de um seguro ou de um título de capitalização para liberação de um empréstimo, por exemplo.