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O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, atacou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificando-o como gastador e disse que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está colocando as contas do país em ordem.
A afirmação foi dada após uma das três reuniões do dia com ministros da equipe econômica, entre eles Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), além de líderes do governo no Congresso. A reunião, disse Padilha, foi para discutir a conjuntura e as prioridades da semana, como pautas econômicas e sociais.
Também se discutiu o corte de despesas do governo federal, como prometido por Haddad e Tebet na semana passada, e Padilha disse que o atual governo tem compromisso com a responsabilidade fiscal.
“O presidente Lula acabou com a gastança criada pelo governo anterior, com a gastança e a irresponsabilidade. Nós construímos a aprovação do arcabouço fiscal, construímos um conjunto de metas fiscais ousadas que muita gente no ano passado fez especulação de que ia ser trocado”, disse.
Ele ainda pontuou que o governo tem o compromisso de cumprir as regras do arcabouço fiscal e reafirmou “o esforço de cumprimento das metas ousadas que estabelecemos e, mais uma vez, vamos provar que um governo liderado pelo presidente Lula é aquele que melhor combina responsabilidade social e fiscal”.
A necessidade do governo de cumprir as regras fiscais levou os banqueiros a darem um voto de confiança ao ministro Fernando Haddad, da semana passada, com um “apoio institucional” da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O afago o ministro, no entanto, não foi suficiente para o mercado financeiro melhorar as projeções econômicas para este ano e os próximos, e já prevê que o ciclo de cortes da taxa básica de juros – a Selic – pode ter chegado ao fim. O Relatório Focus desta semana, do Banco Central, prevê que as duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça (18) e quarta (19), devem manter a atual taxa em 10,5%.
Isso deve voltar a elevar a tensão entre o governo, aliados e o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, sempre nominado principalmente por Lula como o responsável por não baixar a Selic.