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Brasília – Depois de uma hora de audiência com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o subsecretário dos Estados Unidos para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, disse ontem que espera progressos nos acordos com o Brasil na área de biocombustíveis. Sem dar mais detalhes, ele admitiu que o etanol foi um dos assuntos em pauta na reunião com o chanceler brasileiro.

Questionado se um acordo envolveria a redução das barreiras comerciais do governo americano ao álcool brasileiro, o embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Antonio Patriota, que acompanhou a audiência, disse que no encontro eles não chegaram a esse nível de detalhe.

Segundo Patriota, até o fim deste mês haverá um encontro entre representantes do Brasil, da Índia, da China, Estados Unidos, União Européia e África do Sul para discutir o tema da padronização do etanol. De acordo com o embaixador, ainda não há data nem local definidos para esse encontro, que, segundo ele, não será de nível ministerial. "O debate sobre esse tema (padronização) avançará neste ano", previu Patriota.

A padronização é um passo necessário para que o álcool combustível (etanol) passe a ter status de uma commodity no mercado internacional. "Poderemos ter novidades em breve, em termos de coordenação plurilateral", informou.

Atualmente Brasil e Estados Unidos respondem por mais de 70% da produção mundial de álcool, somando cerca de 35 bilhões de litros de etanol por safra. Os norte-americanos produzem grande volume de etanol a partir do milho, diferentemente do Brasil que prioriza a cultura da cana-de-açúcar. No ano passado, os dois países em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lançaram um protocolo para a criação da Comissão Interamericana do Etanol. O objetivo da entidade é o do promover e ampliar o uso do produto no continente americano.

A Comissão nascerá para promover o uso do álcool como alternativa e aditivo do petróleo no mundo e ainda para "integrar a América por meio do fomento ao combustível". Entre os objetivos específicos a serem desenvolvidos pela entidade está a integração técnica e cientifica; a avaliação de investimentos para o desenvolvimento da agricultura e da infra-estrutura produtiva da região; e a definição de políticas para a criação de um mercado internacional para o etanol.

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