O pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 282,6 milhões na economia de Maringá. O valor representa um crescimento de 19,1% em relação ao benefício pago em 2012 (R$ 45,4 milhões a mais). A previsão foi divulgada na tarde de segunda-feira (28) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O valor representa 4,5% do total pago no Paraná. Em todo o Estado, o benefício deve injetar R$ 6,2 bilhões, que serão pagos a 3,1 milhões de pessoas. Em Maringá, a expectativa é de que 158,4 mil trabalhadores sejam beneficiados, 9,9 mil a mais do que no ano passado. Esta quantidade é referente aos assalariados com carteira nos setores privado e público e estatutários dos governos federal, estadual e municipal.
De acordo com o Dieese, o salário médio no Município é de R$ 1.783,46, o oitavo maior entre as 29 principais cidades do Estado. A maior média é de Araucária, com R$ 2.695,59. Já a menor é de Apucarana, com média de R$ 1.371,30. O balanço teve como base os dados do Rais 2012 e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2013.
Segundo o economista Joilson Dias, da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) dois fatores foram essenciais para o aumento do impacto que o 13º salário vai gerar na economia local. "Este ano tivemos um maior número de pessoas empregadas e um pequeno aumento no salário médio de setores como o comércio e serviços", explicou.
Somente este ano, já foram criados 8.879 postos de trabalho em Maringá (relação entre o número de contratados e demitidos). Estudo divulgado este mês pela Acim estima a geração de aproximadamente 1,2 mil empregos temporários até o fim deste ano em Maringá. Com isso, a expectativa é de que o Município ultrapasse pela primeira vez a criação de 10 mil postos de trabalho formais ao longo do ano.
Pagamento de 13º deve injetar R$ 143 bi na economia
Em todo o país, o pagamento do 13º salário aos trabalhadores deverá injetar mais de R$ 143 bilhões na economia, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Cerca de 82,3 milhões de brasileiros terão renda adicional de R$ 1.740, em média.O montante considera os recursos depositados ao longo do ano, ainda que a maior parte - cerca de 70% do total - dos valores referentes ao 13º, também de acordo com o Dieese, seja paga nos últimos dois meses.
Os empregados com carteira assinada (50,6 milhões de pessoas, incluindo os empregados domésticos) representam 61,4% dos assalariados, e devem receber cerca de R$ 100 bilhões; aposentados e pensionistas do INSS somam 30,76 milhões, ou 37,4% do total, e devem ficar com aproximadamente R$ 30 bilhões. Já para os 760 mil aposentados e pensionistas da União e dos estados, as estimativas são de R$ 7,2 bilhões e R$ 6,3 bilhões.