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Varejo

Pais estão mais generosos em 2012

Laura e Lucas, na Ri Happy do Shopping Estação. Sonhando com o presente da próxima sexta-feira | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Laura e Lucas, na Ri Happy do Shopping Estação. Sonhando com o presente da próxima sexta-feira (Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo)
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Com a proximidade do Dia das Crianças, o movimento nas lojas de brinquedos de Curitiba praticamente triplicou em relação aos dias considerados normais. E não é à toa. Os brinquedos lideram a lista de preferências dos consumidores para a data e devem responder por 54% das vendas neste ano, segundo pesquisa do Instituto Datacenso, encomendada pela Associação Comercial do Paraná (ACP).

De acordo com o levantamento, a expectativa de lojistas e consumidores aponta para um crescimento de 4% nas vendas em relação ao ano passado. Algumas lojas, no entanto, estão mais otimistas e projetam um aumento de 10%, como é o caso das lojas de brinquedos Ri Happy e Bumerang, ambas localizadas no Shopping Estação. "Nós nos preparamos para vender no mínimo 10% a mais", afirmou o gerente da Ri Happy, Aldo Cercal, que contratou 24 funcionários para reforçar a equipe efetiva formada por 15 pessoas.

Depois dos brinquedos, a maior procura deve ser por roupas e acessórios (34%), calçados (8%) e produtos eletrônicos (1,4%). A pesquisa também mostrou que neste ano os pais estão mais generosos e vão gastar, em média, R$ 156,78 com o presente contra R$ 152 em 2011.

Considerado um termômetro para as vendas de Natal, o Dia das Crianças costuma exigir dos lojistas algumas estratégias para alavancar ainda mais as vendas. Conforme o levantamento encomendado pela ACP, 74% dos comerciantes vão recorrer a ações promocionais como desconto para pagamento à vista (30%), aumento das parcelas no cartão de crédito (22%), distribuição de brindes (12%) e sorteio de prêmios (12%) para atrair consumidores.

Na Bumerang Brinquedos do Shopping Estação, os vendedores são incumbidos de incentivar uma espécie de "venda casada" de brinquedos. A gerente Amanda Sampaio explica que em muitos casos as crianças pedem brinquedos que fazem parte de uma coleção ou que casam perfeitamente com outros produtos. "Isso tem funcionado bem aqui. Muitos pais acabam levando a coleção ou um produto extra que inicialmente não seria contemplado". Além disso, a loja também apostou nos brindes. Compras acima de R$ 100 dão direito a uma foto de estúdio com pôster para recordação.

Já a Ri Happy esticou as parcelas em alguns cartões de crédito. Em boa parte dos casos isso incentiva os pais a levar um presente melhor e, consequentemente, a gastar mais. Normalmente, seis é o número máximo de parcelas, mas agora a loja está parcelando em até 10 vezes, explica Cercal. E tem ainda uma promoção do filme A Era do Gelo que vai sortear quatro pacotes para conhecer os estúdios da Fox nos Estados Unidos, com mais três acompanhantes.

Atrasados

A orientação dos lojistas é para os pais que costumam deixar a compra do presente para a última hora, ou seja, 74% dos consumidores segundo um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). "Quem não se apressar corre o risco de ficar sem o presente desejado, pois não há como prever antecipadamente qual brinquedo vai ser o mais procurado. Muito são apostas, mas acabam surpreendendo pela grande procura", alerta Cercal.

A influência da vontade das crianças no bolso dos pais

Embora não existam pesquisas para confirmar a influência das crianças nos gastos com os presentes, especialistas garantem que ela existe e é decisiva para o bolso dos pais. A principal influência vem da mídia, que explora publicitariamente o universo infantil, e do convívio com outras crianças. Para a coordenadora da área de educação do Instituto Akatu, Mirna Folco, não é apenas em relação ao tipo de presente que as crianças opinam, mas também em relação à marca. Isso não é necessariamente um problema, mas pode se transformar, segundo ela, a partir do momento em que a preferência deixa de ser uma opinião e se transforma em uma exigência. "Os pais precisam entender que isso não é construído do dia para a noite, e também não pode ser mudado rapidamente", explica Mirna.

Reflexão

Segundo ela, é preciso dialogar e refletir junto com a criança sobre o valor das coisas e a real necessidade de comprar e acumular brinquedos que muitas vezes são totalmente subutilizados, ressalta ela. Mas, além disso, e talvez mais importante, é dar exemplo. Elas costumam aprender e compreender o mundo baseadas nos exemplos que observam dentro de casa. "Uma criança não vai entender porque não pode ter um brinquedo novo sempre, se o pai ou a mãe estão frequentemente comprando coisas novas".

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