Como parte do projeto de estimular o pagamento eletrônico, o Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira estudo inédito sobre os custos desses recursos. De acordo com o chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de Pagamentos do BC, José Antônio Marciano, se houvesse hoje a migração de todo os mecanismos de pagamento não-eletrônico para o eletrônico, a redução de custos para o país significaria 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O levantamento foi feito com dados de 2005 e não levam em consideração os pagamentos feitos em dinheiro vivo.
- Existe um bom potencial para cortar custos - resumiu Marciano.
O pagamento feito por meio não-eletrônico custa hoje, no Brasil, R$ 3,11 cada e, quando a operação é automatizada, via cartão de débito, por exemplo, o custo cai para R$ 1,46. Segundo o chefe de departamento do BC, o estudo servirá de importante base para o projeto que a autoridade monetária toca já há mais de um ano para estimular e regulamentar a indústria de cartões.
Marciano lembrou que o BC fechou convênio com a Secretaria de Direito Econômico (ligada ao Ministério da Justiça) e com a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Ministério da Fazenda) para fazer estudo minucioso sobre esa indústria, inclusive sob o ponto de vista da concorrência.
Ele explicou ainda que a migração para o uso de pagamentos eletrônicos enfrenta três obstáculos principais. Um deles é o aspecto cultural, com os consumires acostumados a fazer seus pagamentos com cheque. Pesa ainda a falta de informação sobre as tarifas cobradas para cada serviço de pagamento.
- Hoje, os bancos cobram uma tarifa única para pacote de serviços. O consumidor não sabe de fato quanto está pagando por cada um deles - afirmou, acrescentando que a falta de incentivo para a migração de tipo de pagamento é outro problema a ser solucionado.
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