No Bolso
Presenteie com responsabilidade
Todos nós queremos dar o melhor para os filhos, e isso inclui presentes. Para alguns, essa pode ser a principal forma de demonstrar amor. Mas alto lá! Lembre-se de que você não precisa assumir parcelas e endividar-se por isso. Pelo contrário: uma vida financeira equilibrada pode ajudar, e muito, no futuro das crianças.
Primeiro, porque o endividamento compromete a sua capacidade de continuar presenteando. Além disso, a falta de dinheiro em casa tende a causar problemas de relacionamento que podem até mesmo atrapalhar a estabilidade de um casamento. Finalmente, lembre-se de que as crianças são criaturinhas muito atentas. A educação financeira inclui evitar o consumismo e aprender a lidar com o dinheiro coisas que podem até ser ensinadas na escola, mas serão apreendidas com muito mais facilidade pelo exemplo. E este só pode vir de vocês, pais, mães, tios, avós...
Portanto, se você está preocupado com o futuro econômico de seus filhos, cuide muito bem das suas finanças hoje. As futuras gerações irão agradecer.
Franco Iacomini, colunista de Finanças Pessoais
Pergunte a Maria Eugênia, Murilo, Verônica, Gustavo, Luis Felipe e João, todos com idade entre 8 e 9 anos, o que eles querem ganhar neste Dia das Crianças. Não, a resposta não é um iPad ou um smartphone muito embora celulares e eletrônicos estejam galgando posições nas pesquisas de ofertas para o Dia da Criança do Serasa Experian, e a Vivo estime que 35% das famílias têm filhos menores de 12 anos com um aparelho. A maior parte dos meninos e meninas ainda prefere brinquedos.
A criançada está, sim, ligada em marcas e no que passa nos intervalos gigantescos dos programas infantis na televisão, mas cada uma continua tendo uma personalidade e um desejo. "Globo terrestre", "kit de pingue-pongue", "patins" e "chinchila" foram algumas das respostas que a reportagem ouviu dessa pequena turma, formada por estudantes do Colégio Expoente Água Verde. O que é furada? Luis Felipe e Gustavo dão dicas. "O que não dá mais é carrinho e bonequinho de R$ 1,50. Playmobil, então? Nossa, chega!", dizem. É claro que, se puderem, pedem uma lista. Como diz Veronica, "o que não dá mesmo é não ganhar nada".
Indicadores
Mesmo com a inflação em alta (4,42% no ano e 7,23% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA), a pesquisa nacional do Serasa Experian, com 1.015 comerciantes do país, apontou para um preço-base também chamado nas pesquisas de "ticket médio" de R$ 77 por presente e uma boa expectativa de vendas: 53% dos varejistas esperam um crescimento em relação ao faturamento de 2010. Os que esperam estabilidade em relação ao ano passado são 38%, e 9% aguardam um recuo. "Cabe destacar que o menor otimismo neste Dia da Criança é atenuado pelos que acreditam que vão repetir o faturamento de 2010, quando a data teve bons resultados, em um ano mais favorável. Dessa forma, repetir 2010 é positivo", diz a pesquisa.
Em Curitiba, a sondagem da Associação Comercial do Paraná (ACP/Datacenso), com 200 consumidores, chegou ao ticket médio de R$ 152, contra R$ 100 do ano passado. Entre os artigos mais procurados estão brinquedos (58%), roupas e acessórios (21%), eletrônicos (6%) e calçados (3%). A maioria dos consumidores (64%) vai pagar a compra à vista, seguido de parcelamento no cartão de crédito (25%) tipo de pagamento que acaba sendo mais usado na compra dos presentes mais caros, como celulares e eletroeletrônicos em geral.
Pela sondagem, os comerciantes de Curitiba esperam faturar 11% a mais que em 2010.
Lojistas
Fechar mais tarde, às 22 horas, e abrir também aos domingos a partir do dia 6 de outubro está nos planos de boa parte das lojas de brinquedos de Curitiba. Priscila Mariane Nepomuceno, gerente da Joca do Shopping Jardim das Américas, diz que espera um fluxo maior a partir do próximo fim de semana. "Já tivemos um crescimento de 70 % nas vendas durante o ano, e esperamos a mesma coisa para o Dia da Criança".
Bruno Cesar Romão, gerente da PBKIDS do Shopping Mueller, diz que alguns clientes antigos estão antecipando as compras porque sabem que entre 1.º e 12 de outubro o movimento é grande. "A expectativa para este ano é de 15% a mais nas vendas, com uma média de R$ 140 por compra. Nas 56 lojas da rede em todo o Brasil, o estoque aumentou 16% comparado com 2010 (60% de importados)", conta.
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