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O Brasil gerou 121 mil empregos com carteira assinada no mês de abril. Os dado são do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quarta-feira (26) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Esse é o saldo de 1.381.767 admissões e 1.260.832 desligamentos no período.
Com os dados informados nesta quarta, o estoque de empregos formais no país chegou a 40.320.857 em abril. Trata-se do quarto mês consecutivo de geração de empregos. Apenas neste ano, cerca de 1 milhão de postos formais foram criados.
Quanto aos setores, todos tiveram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços. As regiões do Sul e Sudeste puxam o resultado pra cima.
Por outro lado, números revisados pela Secretaria mostram que foram geradas 177.352 vagas em março. A equipe econômica atribui a retração do ritmo ao impacto do recrudescimento da pandemia e das políticas de isolamento social no mercado de trabalho formal.
"Parece pouco frente ao que geramos antes - 400 mil empregos, 200 mil -, mas temos que considerar que [abril] foi o mês em que se sentiu mais o impacto da segunda onda da Covid-19", disse o ministro Paulo Guedes durante coletiva de imprensa para divulgação dos resultados. O saldo de 120 mil era esperado, afirma a equipe econômica, apesar de ser um pouco abaixo da mediana das expectativas de mercado - que giravam em torno de 160 mil.
Mesmo as medidas de enfrentamento não impossibilitaram o resultado positivo de 120 mil trabalhadores contratados em abril. "Com o impacto da primeira onda, no ano passado, perdemos quase 1 milhão de empregos. E agora, mês de maior impacto da segunda onda, criamos 120 mil empregos. O Brasil está mostrando resiliência, programas estão funcionando", afirmou o ministro.
Guedes citou, ainda, a importância do avanço da vacinação em massa para a retomada da economia. "O Brasil vai atravessar as duas ondas: a da doença, e a do impacto econômico. A economia já está voltando, e agora temos que resistir ao segundo impacto da Covid-19. A resposta é uma só: vacinação. É com isso que temos que contar", disse ele.
Demissões em queda
Em abril, a quantidade de desligamentos chegou a 1.260.832, ante 1.470.892 demissões realizadas no mês de março. Para a equipe econômica, a desaceleração se deve à maior confiança dos empresários e empregadores em iniciativas do governo como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) e nas medidas trabalhistas como as que vieram com as MPs 1.046 e 1.046.
"Isso ocorre graças à resiliência do mercado do trabalho e sua confiança nos programas de governo e seus efeitos e, mais do que tudo, ao acerto da política econômica do governo de Jair Bolsonaro", disse Bruno Bianco Leal, secretário especial de Previdência e Trabalho no Ministério da Economia.
Questionado sobre possíveis falhas técnicas entre os dados do registro administrativo do governo e os levantados pela PNAD, do IBGE, Leal citou diferenças metodológicas e afirmou que "nunca tivemos dados tão consistentes sobre o mercado de trabalho, e números tão bons sobre mercado de trabalho ainda que numa pandemia". "É por isso que as pessoas se surpreendem com isso. Dados bons levam os críticos a desqualificarem os meios, não os dados", afirmou ele. "É o melhor Caged de todos os tempos, nunca tivemos dados tão fidedignos".