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O fluxo de dólares para o Brasil segue positivo em outubro. Dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC) mostram que o País recebeu US$ 1,204 bilhão na segunda semana do mês, entre os dias 4 e 8. Com isso, o resultado acumulado do mês até a última sexta-feira cresceu e outubro já registra entrada líquida de US$ 2,181 bilhões.

Na segunda semana do mês, os dólares ingressaram exclusivamente pela chamada conta financeira, onde são registradas transações para compra e venda de ações e títulos de renda fixa, investimentos produtivos, remessas de lucros e empréstimos, entre outras operações. Por essa via, a semana passada teve ingresso de US$ 1,949 bilhão. O valor é resultado da entrada total de US$ 8,432 bilhões e da saída de US$ 6,483 bilhões. No acumulado de outubro, a conta financeira registra um ingresso líquido de US$ 3,265 bilhões.

Pela conta comercial, os resultados continuam negativos. Na semana passada, a conta registrou saldo negativo de US$ 744 milhões, já que as importações somaram US$ 3,674 bilhões e superaram as exportações de US$ 2,930 bilhões no período. No mês a conta também segue no vermelho, com déficit acumulado de US$ 1,084 bilhão até o dia 8.

No acumulado de janeiro a 8 de outubro, o fluxo cambial está positivo em US$ 19,303 bilhões, sendo que o segmento financeiro tem superávit de US$ 24,824 bilhões e a conta comercial, déficit de US$ 5,521 bilhões.

Reservas

O BC adicionou em outubro, até o dia 8, US$ 2,764 bilhões às reservas internacionais com as compras diárias de dólar realizadas pela instituição no mercado à vista. De acordo com os dados divulgados hoje, o valor se refere apenas às duas primeiras semanas do mês, entre os dias 1º e 8.

Nesse período, a média diárias das intervenções ficou em US$ 461 milhões, valor inferior ao observado em setembro - mês da capitalização da Petrobras -, quando a média diária de compras do BC ficou em US$ 512 milhões. Apesar da retração em relação ao observado no mês anterior, a média diária de outubro segue superior à vista em agosto, quando os leilões retiravam US$ 138 milhões a cada dia do mercado. Em 2010, o BC já comprou US$ 32 124 bilhões do segmento à vista para adicionar às reservas internacionais.

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