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O Censo Demográfico 2022 divulgado pelo IBGE, nesta quarta-feira (28), aponta que até o último ano, havia 90,7 milhões de domicílios no país, um aumento de 34% frente ao Censo 2010, quando existiam 67,5 milhões. Dos recenseados em 2022, 90,5 milhões eram domicílios particulares permanentes e 72,4 milhões estavam ocupados durante a operação censitária, um aumento de 26% no mesmo período. Os domicílios improvisados somaram 66 mil e os coletivos, 105 mil.
O IBGE explicou que o aumento no total de domicílios do país está relacionado ao crescimento expressivo de duas categorias: os vagos e os de uso ocasional. Quando considerados os domicílios particulares permanentes não ocupados, em que há a soma dos dois tipos, o aumento foi de 80%, chegando a 18 milhões em 2022. Os domicílios particulares vagos aumentaram 87%, chegando a 11,4 milhões, enquanto os de uso ocasional cresceram 70% em 12 anos, totalizando 6,7 milhões".
Os municípios com maior percentual de domicílios vagos são nordestinos: São João do Jaguaribe, no Ceará (29,1%), Canavieira, no Piauí (28,1%) e Bom Sucesso, na Paraíba (27,2%).
A mudança na estrutura das famílias foi apontada pelo IBGE como um fator que influenciou na queda na média de moradores por domicílio no país, que passou de 3,31, em 2010, para 2,79, em 2022. Ainda que todos os estados tenham registrado queda nessa média, os com maior número de moradores por domicílio continuam sendo Amazonas (passando de 4,36, em 2010, para 3,64, em 2022) e Amapá (de 4,26 para 3,63). Já os estados com as menores médias são Rio Grande do Sul (2,54), Rio de Janeiro (2,60) e Espírito Santo (2,67).
A taxa de resposta do Censo 2022, ou seja, o percentual de domicílios em que houve entrevista, foi de 95,8%. O Nordeste registrou menor percentual de domicílios em que a entrevista não foi realizada (2,7%), enquanto no Sudeste ocorreu o maior (5,9%). Em grande parte das unidades da Federação (24 das 27), esse percentual ficou abaixo da média do país (4,2%) e entre elas se destacam Paraíba (1,61%), Roraima (1,75%) e Piauí (2,08%). Já os que ficaram acima foram Rio de Janeiro (4,50%), Mato Grosso (4,31%) e São Paulo (8,11%).