O setor público brasileiro registrou superávit primário de 3,5 bilhões de reais no mês passado, informou o Banco Central nesta terça-feira, o pior resultado para meses de março desde 2010.

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O número foi pior que o esperado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de 5,6 bilhões de reais.

Em 12 meses até março, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,99% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Os governos regionais (Estados e municípios) garantiram a maior parte do primário de março, com superávit de 2,143 bilhões de reais. Já o governo central --governo federal, BC e INSS-- registrou saldo primário positivo de 1,059 bilhão de reais no período, enquanto que as estatais, 298 milhões de reais.

O BC informou ainda que o déficit nominal do país somou 15,859 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 35,5% do PIB.

Em março, as contas públicas do país foram afetadas pela arrecadação federal, que registrou queda de quase 10% sobre um ano antes, somando 79,613 bilhões de reais. O resultado veio da economia ainda sem sinais de recuperação mais robusta e pelas desonerações fiscais feitas pelo governo.

Diante desse quadro, recentemente o governo encaminhou ao Congresso medida que flexibiliza ainda mais a meta de superávit primário deste ano --definida em 155,9 bilhões de reais-- e de 2014. Por meio dela, os Estados e municípios poderiam abater seus investimentos da meta que cabe a eles, de 47,8 bilhões de reais em 2013.

Antes dessa medida, o governo havia anunciado no início do ano que poderia abater até 65 bilhões de reais em gastos com investimentos e desonerações da meta cheia de superávit primário do setor público consolidado.

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