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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta sexta-feira que a taxa real de juros (a taxa básica descontada da inflação) pode cair pela metade no próximo governo, quando o país, segundo o ministro, deverá integrar o "clube dos emergentes mais privilegiados".

- Ao longo do próximo mandato, é possível que a taxa real possa cair pela metade, caminhar para 5% ao ano. As condições econômicas sugerem isso - afirmou Mantega em uma palestra em São Paulo.

Hoje a Selic está em 14,75% com a inflação na casa de 4,5% (a meta para o IPCA de 2006), o que, num cálculo aproximado com base nestes parâmetros, coloca a taxa real em torno de 10,25%.

Mantega não comentou reportagem publicada nesta sexta-feira em O Globo, mostrando que, apesar da queda da Selic, a taxa real para o consumidor na verdade subiu ( clique e saiba mais ).

Mantendo o discurso otimista, Mantega afirmou que um dos principais desafios do governo nos próximos anos é aumentar a taxa de investimentos no país. Ele afirmou que o mercado interno continuará sendo um dos propulsores do crescimento.

- Se houver uma desaceleração da economia mundial, pode se compensar com o mercado interno e isso viabilizará o crescimento robusto. Qualquer que seja o próximo governo, ele encontrará as condições certas para o crescimento - disse.

Mantega afirmou que, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva for reeleito, está garantida a manutenção da meta de superávit primário em 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos quatro anos.

O ministro disse ainda que, independentemente de qual seja o próximo governo, a dívida pública pode cair dos atuais 50% do PIB para cerca de 44%.

Segundo ele, o crescimento da economia deverá superar 5% nos próximos anos.

- Já passamos pela primeira etapa de consolidação dos fundamentos. Agora é entrar numa segunda etapa. A partir de 2007 o Brasil se habilita para entrar no clube dos emergentes mais privilegiados, com crescimento acima de 5%.

Pacote cambial

Em relação ao pacote cambial, cuja medida provisória entrou em vigor nesta sexta-feira, Mantega afirmou que o Conselho Monetário nacional se reúne até o fim da tarde para confimar em 30% o percentual das receitas que os exportadores brasileiros poderão deixar no exterior.

A MP divulgada nesta sexta-feira também inclui uma capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), com o patrimônio passando de R$ 22 bilhões para R$ 28 bilhões, o que permitirá ao banco desenvolver um volume maior de operações.

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