O aplicativo gratuito De Van Pra Escola trouxe mais segurança para o transporte escolar ao permitir que os pais de alunos acompanhem o trajeto dos seus filhos até a escola. Lançado no começo de 2015 por uma startup curitibana, o sistema funciona como uma espécie de Uber das vans escolares, pois além do benefício do acompanhamento do caminho percorrido, ele conecta os motoristas às famílias que precisam utilizar o serviço. Depois de pouco mais de um ano de operação a empresa já recebeu mais de R$500 mil em investimento anjo e está presente em 40 escolas pelo país, com mais de 350 motoristas ativos.
De acordo com o empresário Eduardo Rodrigues, CEO da DVPE Tecnologia, empresa que desenvolveu a ferramenta, a ideia surgiu a partir de uma necessidade identificada ao procurar por uma van escolar. A carência do mercado por um sistema que permitisse uma busca fácil por um transporte deste tipo, junto do potencial de expansão do negócio foram os pontos que motivaram os empreendedores a investirem na solução. “Até existem outras empresas que fazem o rastreio da van, mas nenhuma com esta visão de serviço que agrega valor ao processo,” explica.
A startup não cobra de nenhuma das partes envolvidas pela utilização do sistema – pais de alunos, motoristas e escola – e há pouco mais de três meses aposta em um modelo de negócios que oferece os benefícios de um clube de compras para os pais e motoristas cadastrados, todos regularizados pelas respectivas prefeituras.
O clube já conta com cerca de 50 estabelecimentos parceiros, que oferecem benefícios em produtos e serviços para estimular o engajamento dos usuários com a plataforma. A negociação com cada uma das empresas parceiras, segundo Rodrigues, varia de acordo com a necessidade – enquanto alguns pagam um valor fixo pelo anúncio no clube, outros negociam uma porcentagem sobre as vendas.
De acordo com o empreendedor ainda há aporte financeiro para ser feito ao longo de mais um ano, mas a crença da equipe é que até novembro deste ano a empresa consiga caminhar com as próprias pernas.
Para o ano que vem a startup pretende captar um novo investimento, desta vez na casa dos milhões, para expandir sua atuação para o restante do Brasil e a América Latina. “Já estamos trabalhando em uma versão em inglês, pois o mercado internacional é bastante acessível,” explica. “Buscamos um novo aporte, entre R$ 5 e 10 milhões. Tudo vai depender das condições do mercado.”