Os seis países sul-americanos que buscam a formação do Banco do Sul deram mais um passo nesta terça-feira (12) em direção à criação da entidade. Eles chegaram a um consenso sobre o convênio constitutivo e a ata de fundação, informou um porta-voz do Ministério da Economia da Argentina.
Os acordos alcançados pelos delegados técnicos de Argentina, Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai e Venezuela deverão ser referendados na próxima reunião de cúpula dos ministros da Economia dos países fundadores, entre os dias 28 e 29 de junho no Paraguai.
Os delegados ratificaram os acordos fechados em Assunção no dia 22 de maio, que tratam da igualdade de voto para cada país-membro, independentemente do tamanho de sua economia, assim como o objetivo de financiar o desenvolvimento econômico e social da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Os delegados técnicos dos seis países participaram de um encontro de dois dias em Buenos Aires para avançar na formação da entidade. Eles, no entanto, ainda não acertaram questões como o capital inicial da instituição e o montante que cada governo aportará.
Uma fonte do Ministério da Economia da Argentina, que pediu para não ter seu nome revelado, disse que a expectativa é de que esses assuntos sejam resolvidos na próxima reunião em Assunção.
A criação do Banco do Sul surgiu como uma iniciativa do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que busca um organismo multilateral alternativo ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.