O ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Omar Paganini, afirmou nesta quinta-feira (5) que os países membros do Mercosul chegaram a um consenso sobre o acordo de livre comércio com a União Europeia. Segundo o chanceler, a confirmação será anunciada oficialmente em meio à cúpula de líderes do Mercosul, nesta sexta (6).
Ele destacou que todos os temas sobre o acordo foram repassados “tanto na agenda interna do Mercosul como na externa” durante a reunião ordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC), em Montevidéu, no Uruguai.
“Se destaca que todos os países se pronunciam a favor do acordo que foi recebido pela União Europeia a respeito do texto para o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia”, afirmou após o encontro.
Mais cedo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que “a linha de chegada” do acordo “está à vista”, após um quarto de século de negociações. Ela ressaltou que esse é o “maior acordo de comércio e investimento já visto” e que “ambas as regiões serão beneficiadas”.
"Chegamos à América Latina. A linha de chegada do acordo UE-Mercosul está à vista. Trabalhemos, vamos cruzá-la. Temos a oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas, a maior associação de comércio e investimentos que o mundo já viu. Ambas as regiões serão beneficiadas", escreveu Von der Leyen em sua conta na rede social X.
Resistência ao acordo Mercosul-UE é liderada pela França
No entanto, a UE continua dividida sobre este acordo e a França lidera os países que se posicionam contra, argumentando que o pacto afetaria muito negativamente os produtores agrícolas do bloco comunitário europeu.
O presidente da França, Emmanuel Macron, reiterou nesta quinta sua oposição ao tratado durante uma conversa com a presidente da Comissão Europeia.
“O projeto de acordo entre UE e Mercosul é inaceitável em seu estado atual. O presidente disse isso novamente à presidente da Comissão Europeia”, divulgou o Palácio do Eliseu em comunicado no X. (Com Agência EFE)
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