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Países ricos não estão cumprindo promessas de ajuda, diz OCDE

Os países ricos, incluindo Itália, Alemanha e Japão, não honrarão as promessas de ajuda feitas cinco anos atrás, informou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) na quarta-feira. A África, em particular, deverá sofrer com o déficit.

O relatório da OCDE disse que haveria um déficit de 21 bilhões de dólares entre a ajuda prometida pelos países mais ricos do mundo para este ano e as doações de fato.

A África sofrerá o impacto dessas obrigações não cumpridas, recebendo apenas 12 bilhões de dólares dos 25 bilhões previstos numa cúpula do G8 na Escócia em 2005, quando muitos países prometeram dobrar a ajuda.

"No mundo de hoje, há muito pouca coisa em termos de alternativas", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, a jornalistas.

A agência humanitária internacional Oxfam denunciou o não cumprimento das obrigações de algumas das maiores economias do mundo.

"Essas promessas não cumpridas não são nada menos do que um escândalo", disse o consultor político da Oxfam Max Lawson em um comunicado.

"Uma mulher morre a cada minuto de parto em algum lugar do mundo em razão de cuidados médicos inadequados e 72 milhões de crianças estão fora da escola", afirmou ele.

Em 2005, um grupo de 15 países da União Europeia prometeu doar um mínimo de 0,51 por cento do produto interno bruto para ajudar no desenvolvimento dos países mais pobres do mundo até 2010.

A OCDE previu que a Itália chegaria apenas à marca dos 0,20 por cento, a Grécia a 0,21 por cento, a Áustria a 0,37 por cento, a Alemanha a 0,40 por cento e a França a 0,46 por cento.

A organização informou que alguns países ultrapassariam a meta, apesar da crise financeira. A Suécia deveria doar 1,03 por cento do PIB e Luxemburgo, 1 por cento.

Mesmo países duramente atingidos pela crise financeira conseguiram cumprir com as suas promessas, em especial a Grã-Bretanha (0,56 por cento), a Irlanda (0,52 por cento) e a Espanha (0,51 por cento). A Bélgica deveria exceder sua promessa doando estimados 0,7 por cento do PIB.

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