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Crise

Panamericano influenciou política monetária desde julho

Os problemas de contabilidade das operações de crédito no Banco Panamericano foram levados em consideração pelo Comitê de Política Monetária (Copom) desde a reunião de julho, ainda que o Banco Central não tivesse identificado na ocasião a instituição que estava gerando os potenciais desequilíbrios no sistema financeiro.

As declarações foram feitas pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, em reunião com economistas em São Paulo nesta quinta-feira.

"O relevante é que o BC tinha a informação já para o Copom de julho, e certamente para o de setembro, que havia um problema", afirmou Meirelles, de acordo com vídeo da reunião publicado na página do BC no final da tarde.

De acordo com o presidente do BC, o problema no Panamericano apresentava-se como um "risco importante" para as condições de crédito futuras, dependendo de como fosse equacionado.

Em julho, o Copom elevou os juros em 0,25 ponto para o atual patamar, a 10,75 por cento, e contrariou as expectativas de parte dos agentes, que pediam uma elevação maior. De acordo com Meirelles, é importante considerar que o BC dispõe muitas vezes de informações que não estão disponíveis para o mercado.

A fraude no Banco Panamericano foi revelada somente em 9 de novembro, com a divulgação de um aporte de 2,5 bilhões de reais do acionista controlador, o grupo Silvio Santos.

Segundo Meirelles, o BC demorou um certo tempo até dimensionar o volume do problema e verificar que o impacto estava concentrado em apenas uma instituição.

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