Esqueçam dos resultados passados do Panamericano. Essa foi a mensagem da diretoria do banco ao apresentar nesta quarta-feira o resultado da instituição em dezembro, confirmando um rombo nas contas de 4,3 bilhões de reais.

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Com novo controlador, o BTG Pactual, e apoio da acionista Caixa Econômica Federal, o Panamericano espera voltar aos trilhos. Os dois sócios se comprometeram a garantir liquidez ao banco com pelo menos 14 bilhões de reais - 10 bilhões da Caixa e no mínimo 4 bilhões de reais do BTG.

O diretor superintendente do Panamericano, Celso Antunes da Costa, assegurou a jornalistas que "não há qualquer possibilidade" de descoberta de falhas adicionais na contabilidade.

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Para ele, o Panamericano - que pertencia ao empresário e apresentador Silvio Santos até o final de janeiro - ainda é uma marca sólida, apesar do escândalo revelado no final de 2010.

"Em dezembro fizemos teste para sentir a força da nossa equipe de vendas. O Panamericano tem com lojistas e clientes imagem bastante forte, liberamos 1 bilhão de reais em crédito em dezembro", afirmou, dizendo ser um volume mensal recorde.

A carteira de crédito do Panamericano estava em 13,3 bilhões de reais no final de dezembro, incluindo 3,3 bilhões de reais em empréstimos cedidos com coobrigação. O financiamento a veículos respondia por 51,6 por cento do total. Em dezembro, o Panamericano teve prejuízo consolidado de 133,6 milhões de reais.

Segundo Costa, é impossível reconstruir os dados contábeis de antes de novembro, tantas foram as alterações na contabilidade do Panamericano. "Era uma obra de inteligência, mas nem sempre a inteligência é usada para o bem."

A administração anterior do Panamericano não registrava como passivo carteiras de crédito vendidas a outros bancos. Além disso, havia empréstimos que não estavam mais com o Panamericano e eram contabilizados como ativos no balanço patrimonial, elevando de forma artificial o resultado.

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