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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A ceia de Natal do brasileiro também vai pesar mais no orçamento. Os vilões são o milho e o trigo. Os preços dispararam esse ano. O impacto vai ser sentido nos produtos mais tradicionais do Natal.

O panetone e o leitão são alguns dos produtos que vão nos fazer gastar mais com as ceias de fim de ano. A explicação, no caso da carne normalmente servida no Reveillon, está na ração que os porcos comem, composta principalmente de milho, que dobrou de preço do ano passado para cá.

De uma propriedade em Cascavel, no Oeste do Paraná, o leitão que saía para os frigoríficos a R$ 2,88 o quilo subiu para R$ 3,40. O mesmo deve acontecer com o preço do peru e do chester, porque as aves também se alimentam de milho. Já o panetone usa muito trigo na receita, e o trigo subiu 25% nos últimos seis meses.

Carlos Michelangeli, dono de uma fábrica de panetones na região de Curitiba, diz que repassou apenas uma pequena parte desse aumento e reduziu a margem de lucro pra manter as vendas.

"A negociação hoje com os comerciantes é muito apertada, mesmo porque o próprio consumidor não aceita grandes reajustes", afirmou o dono da fábrica Carlos Michelangeli.

Já a queda do dólar vai fazer com que o consumidor gaste menos com produtos importados. Frutas secas, castanhas e bebidas estão mais baratas. O que dá para pensar que, como o dólar baixou 16% de um ano para cá, vá ser exatamente este o percentual de queda no preço dos importados. Tudo depende de onde vem o produto.

"Quem decidir comprar um importado de procedência dos países do Mercosul, o certo é pagar um preço final menor. Os produtos oriundos da Argentina serão mais atrativos para o consumidor brasileiro", explica o economista Gilmar Lourenço.

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