O Trem do Pantanal voltou a operar ontem com o nome de Pantanal Express, mas só aos fins de semana e num trecho de apenas 220 km (o original, fechado 14 anos atrás, ia de Bauru, em São Paulo, a Corumbá, no Mato Grosso do Sul, ligando-se em seguida à malha ferroviária da Bolívia).
Por enquanto, há capacidade para transportar 280 passageiros em 9 vagões. O trecho de Campo Grande a Miranda, com parada em Aquidauana, será feito todo sábado a partir do dia 16 de maio, e terá duração de 7 horas (a uma velocidade média de 30 km/h), e o retorno será aos domingos.
A ampliação no número de saídas depende de um acordo por novos horários com a América Latina Logística, que opera o trem turístico e faz transporte de carga durante a semana na mesma via férrea. A demanda para isso existe, de acordo com Adonai Arruda Filho, diretor comercial da administradora do percurso, Serra Verde Express. "Temos muitas reservas e vendas fechadas. Dia 15 de agosto, por exemplo, estou com o trem lotado", diz.
O presidente Lula, que participou da reinauguração do trem que vai em direção ao Pantanal, se mostrou confiante de que esse investimento irá repercutir na transformação do turismo em primeira fonte de renda do Mato Grosso do Sul. E criticou quem desdenha o trem pela lentidão. "Trem é melhor que avião", disse. "É para quem não quer chegar nunca, só degustar a paisagem."