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Julio Mottin Neto: mirando consumidores das classes A e B | Leticia Remiao/Divulgação
Julio Mottin Neto: mirando consumidores das classes A e B| Foto: Leticia Remiao/Divulgação

Grupo Dimed

A Panvel faz parte do Grupo Dimed, que é formado também pela distribuidora de medicamentos Dimed e pela Lifar, área responsável pela fabricação de cosméticos, medicamentos e alimentos para várias marcas, incluindo a Panvel. Os investimentos no Paraná fazem parte de um ciclo de R$ 220 milhões para o período 2012 a 2017.

A rede gaúcha de farmácias Panvel começa neste ano sua expansão no interior do Paraná. No primeiro semestre, serão abertas quatro lojas em Londrina, cidade que pode receber outras duas a quatro unidades até o fim do ano. Em Maringá, as inaugurações começam no segundo semestre e serão no mínimo quatro lojas até o fim de 2015. Também há estudos para operações em Cascavel e Ponta Grossa.

Atualmente, a Panvel tem 27 lojas em Curitiba. Na capital, a intenção da rede é chegar a 50 unidades nos próximos anos – em 2015 devem ser abertas de oito a dez lojas na cidade. Segundo Julio Mottin Neto, vice-presidente da Panvel, a estratégia para Londrina e Maringá será semelhante à aplicada em Curitiba, com a escolha inicial de pontos de venda em bairros com consumidores das classes A e B para, na sequência, aumentar a capilaridade da rede.

A Panvel é hoje a quinta maior rede do país, com 321 lojas e vem expandindo sua área geográfica de atuação. Em 2016, será aberta a primeira unidade na cidade de São Paulo, em um shopping. "A primeira loja é um teste preparando para 2017", conta Mottin.

Com a expansão geográfica, a companhia espera manter um ritmo de crescimento de vendas de 15% ao ano pelos próximos cinco anos. A meta, já válida para 2015, é superior ao crescimento de 2014, de 12,5% – o faturamento do grupo Dimed, que além de atuar no varejo com a marca Panvel é uma grande distribuidora de medicamentos – chegou perto de R$ 2 bilhões no ano passado e deve dobrar até 2020 se o ritmo de crescimento planejado for atingido.

"O primeiro semestre de 2014 foi muito complicado para o varejo, mas mesmo assim conseguimos crescer", diz o executivo. "O potencial de crescimento do mercado é significativo porque se apoia em fatores como o envelhecimento da população."

Além da venda de medicamentos, que é resistente a crises, a Panvel tem aproveitado bem a expansão do mercado de higiene e beleza. Há duas décadas, esse segmento correspondia a 15% das vendas. Hoje, ele representa 35% e a tendência é continuar crescendo. Para comportar essa proporção de vendas, as lojas precisam hoje ter entre 250 m² e 300 m², área necessária para oferecer uma variedade grande de produtos com uma boa experiência de consumo.

Nesse segmento entram também os produtos da marca própria da rede, que representam 18% das vendas de higiene e beleza.

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