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inflação

Pão ficará até 12% mais caro em abril

Nos últimos 12 meses, o pão já subiu 5,40%, segundo o IPCA. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Nos últimos 12 meses, o pão já subiu 5,40%, segundo o IPCA. (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

O pãozinho de todas as manhãs deverá ficar mais salgado no mês que vem. O preço do pão deverá subir até 12% em abril no país, de acordo com entidades que representam os fabricantes do setor, em razão das recentes altas do dólar e da energia elétrica. Nos últimos 12 meses, o pão subiu 5,40%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Apenas em fevereiro, a alta foi de 1,23%.

O dólar cotado acima dos R$ 3 – moeda base para a compra do trigo importado – e o aumento nas tarifas de luz forçam o custo da indústria, que logo deverá repassar o aumento ao consumidor, afirmam os fabricantes. “A energia elétrica representa cerca de 14% do custo da fabricação de pães e a farinha de trigo, 33%. O preço final pode ter um aumento em torno de 8% a 12%, deixando claro que cada empresa tem a sua planilha e a decisão de como lidar com o aumento na produção”, afirma José Batista de Oliveira, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), que representa os fabricantes do pão francês.

Para Oliveira, cada padaria ou supermercado deverá estudar o preço para continuar competitivo e não diminuir a participação do consumo do pão no país.

“Quando você aumenta o preço, naturalmente, você inibe o consumo. O nosso aconselhamento, como entidade, é que a empresa faça o máximo possível para transferir o mínimo para o consumidor final”, diz.

Os produtores de pães industrializados também já calculam os custos e o quanto deverá ser repassado ao varejista. Os pães que passam pela indústria chegam a 10% do consumo total, de acordo com a Associação Brasileira de Indústrias de Biscoito, Massas, Pães e Bolos industrializados (Abimapi).

A entidade que representa o setor afirma que o aumento para este tipo de pão, que inclui o pão de forma, dependerá da estratégia de cada empresa produtora, mas, em média, deverá ser de 8%.

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