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Alimentos

Pão para ganhar o pão

Isaías Fagundes convenceu muita gente de que a padaria comunitária é viável | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
Isaías Fagundes convenceu muita gente de que a padaria comunitária é viável (Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo)

O ano-novo vai começar com cheiro de pão recém-saído do forno no Jardim João Paulo II, bairro da periferia de Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. A casa que abrigava a associação de moradores está sendo reformada – ganhou piso novo e equipamentos – para se transformar na primeira panificadora da região. Há cerca de cinco meses o calderista Isaías Fagundes e um grupo de mais quatro moradores se preparam para abrir o negócio. Eles fizeram cursos de panificação e agora aprendem a gerenciar o negócio com o apoio da Aliança Empreendedora.

"Nosso sonho aqui era ter uma panificadora no bairro. E ainda vamos ter uma renda extra para várias famílias. É uma forma de melhorarmos de vida", aposta o microempreendedor. A Bom Pão já tem contrato com a prefeitura da cidade para fornecer 6 mil pães por semana. O grupo também negocia com os supermercados da região, na expectativa de produzir cerca de 3 mil pães por dia, além de bolos e salgados.

Planos

"Todo mundo vai colocar a mão na massa desde cedo, lá pelas 4 horas da manhã", conta o novo microempresário. A reforma e a compra dos equipamentos custou cerca de R$ 43 mil e foram pagas com recursos de um projeto da Caixa Econômica Federal. "Se o grupo se mantiver por dois anos, nós ficamos com o maquinário definitivamente." Olhando para a padaria quase pronta, Fagundes diz que tem mais ideias para melhorar a qualidade de vida na região. "Não vamos parar. As aulas de balé vão ser aqui mesmo na varanda, na frente da panificadora." A panificadora também deve ajudar a bancar a construção de um novo barracão para a associação de moradores do bairro.

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