São Paulo A valorização de 38,69% obtida pelas ações da Bovespa Holding no período de um mês desde a estréia no pregão da própria Bovespa não deixa dúvida: foi um ótimo negócio. E a perspectiva de aumento no número de negócios na bolsa de valores, por conta do crescimento econômico e da expectativa de que o Brasil vai atingir o grau de investimento a partir de 2008 atraindo mais investidores, já faz com que a ação seja vista como "candidata a blue chip". "É ação para ter em carteira no médio e longo prazo", diz Fausto Gouveia, analista da Win, homebroker da Alpes Corretora.
A ação foi distribuída por oferta pública (IPO) a R$ 23 em 25 de outubro e deu um salto de 52,13% logo no primeiro dia em pregão, para R$ 34,99. "Uma alta dessa ninguém esperava, nem os mais otimistas", diz Gouveia. "E veio para ficar, porque, mesmo com a bolsa caindo bem nos últimos dias, o preço do papel mantém-se acima da cotação de abertura no primeiro dia de negócios."
A cotação elevada de seu papel já coloca a Bovespa Holding entre as 20 maiores empresas listadas na Bovespa segundo o valor patrimonial. Valendo R$ 22,886 bilhões, ela ocupa a 15.ª posição nesse ranking, deixando para trás empresas como Redecard, Telemar, Tim, Cemig e Bradespar, segundo estudo da consultoria Economática.
Com apenas um mês de vida, a ação tem ocupado a quinta posição em número de negócios na Bovespa, superada apenas pelas ações mais negociadas da Vale, Petrobrás, Itaú e Banco do Brasil. Desde a estréia na Bovespa, a ação foi alvo de 129.292 negócios (média de 3 mil por dia), com giro de R$ 9,18 bilhões. "É um papel com extrema liquidez", diz Gouveia.